Justiça mantém prisão de golpistas que se passaram por médicos e compraram mais de R$ 400 mil em Ozempic

A Justiça manteve a prisão da dupla, de 29 e 41 anos, que aplicou um golpe de mais de R$ 400 mil em compras de seringas de Ozempic em uma farmácia de Campo Grande. Os suspeitos foram presos na última terça-feira (1º) e passaram por audiência de custódia nesta quinta (3).

O dono da rede de farmácias procurou a delegacia para registrar boletim de ocorrência e, em seguida, a polícia iniciou diligências. Logo, o motoentregador, que buscou os medicamentos na farmácia e fez as entregas, foi localizado e posteriormente os autores do crime. Na casa onde eles foram encontrados, havia maconha e cocaína. 

Na manhã desta quinta (3), a dupla passou por audiência de custódia e o Poder Judiciário decretou a prisão preventiva. Durante a audiência, o magistrado informou que a defesa dos autores alegou que os policiais teriam exercido pressão sobre um deles. 

Dupla comprou mais de 380 seringas de Ozempic

O proprietário da rede de farmácias contou que no dia 16 de setembro, um homem entrou em contato com o estabelecimento se passando por um médico dizendo que gostaria de fazer compras de Ozempic, nisto foram feitas quatro compras nos dias 17, 18, 20, 23 e 24 de setembro, um total de 215 seringas de Ozempic.

Um outro falso médico também entrou em contato com a farmácia para comprar o medicamento, sendo feita uma compra de 140 seringas de Ozempic. As compras teriam sido pagas pela administradora de crédito, mas no dia 29 de setembro, a administradora de crédito entrou em contato com a farmácia dizendo que os titulares haviam contestado a compra e, por isso, o pagamento havia sido cancelado. 

O prejuízo foi de R$ 441.124,00. Após isto, o dono da farmácia procurou os médicos que relataram que estavam sendo vítimas de estelionatários que estavam usando seus nomes. A polícia passou a investigar e encontrou o motoentregador, que buscou os medicamentos na farmácia e fez as entregas.

Os policiais encontraram os autores e também localizaram na residência maconha e cocaína. A dupla contou que foi contratada para guardar os medicamentos e não soube dizer quem seria a pessoa mandante.

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