Justiça determina e jornalista acusado de matar mulher em acidente vai a júri popular em Campo Grande

Júri popular foi determinado a menos de 1 mês do acidente completar 1 ano, em 9 de dezembro na Rua Antônio Maria Coelho

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(Fotos: Alicce Rodrigues/Jornal Midiamax e Reprodução Redes Sociais)

A Justiça determinou que o jornalista Guilherme de Souza Pimentel, acusado de matar Belquis Maidana, de 51 anos, em um acidente de trânsito, vai a júri popular em Campo Grande. O acidente aconteceu em 9 de dezembro de 2023, na Rua Antônio Maria Coelho, e além da morte da mulher, o jornalista responde por tentativa de homicídio contra o marido dela, que conduzia a motocicleta.

A sentença que determina a realização de julgamento foi assinada pelo Juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, na última terça-feira (19). O jornalista vai a júri popular pelo homicídio contra Belquis e tentativa de homicídio contra o marido dela. 

No início do mês de outubro, o jornalista foi interrogado durante audiência de instrução e julgamento, bem como, o marido da vítima e outras 11 testemunhas foram ouvidas. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) logo pediu pela pronúncia de Guilherme, ou seja, que ele fosse submetido a julgamento. 

Ainda, a defesa do jornalista alegou falta de provas que autorize o julgamento em plenário e pediu que um laudo pericial fosse anulado, porém, o juiz indeferiu os pedidos. O laudo confirmou que Guilherme dirigia em velocidade de pelo menos 73 km/h, quando avançou o sinal vermelho e causou o acidente que terminou na morte de Belquis.

“No presente caso, o dolo eventual foi reconhecido, para efeito de pronúncia, pela ocorrência de três situações: 1) o acusado conduzia o veículo em alta velocidade; 2) não respeitou sinalização semafórica vermelha e 3) conduzia o veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool”, afirmou o magistrado.

Contudo, o julgamento ainda não tem data para ser realizado. O magistrado também desconsiderou o crime de embriaguez ao volante por entender que a conduta está inserida na acusação de homicídio.

O acidente

Policiais militares prenderam Guilherme em flagrante após o acidente que terminou na morte de Belquis Maidana, de 51 anos. 

Ainda conforme a polícia, Guilherme estava na casa de seu companheiro às 5h30 da manhã de um sábado, 9 de dezembro de 2023, onde os dois beberam vinho. Logo depois, o assessor saiu dirigindo o Toyota Etios, carro oficial do Governo, quando ocorreu o acidente na Rua Antônio Maria Coelho.

Então, Guilherme colidiu o carro contra a Honda Biz azul, no cruzamento com a Rua Bahia. Também segundo a polícia, o motorista furou o sinal vermelho, atingindo a moto e a arrastando por 25 metros.

Assim, Guilherme foi ouvido na delegacia e contou que esteve com o namorado. Também relatou que seguia para o trabalho, pois estava de plantão na Segov. Depois, o jornalista permaneceu detido na delegacia, até a audiência de custódia.

O caso é tratado como homicídio simples, por considerar que o jornalista assumiu o risco de provocar o acidente. Isso, porque ingeriu bebida alcoólica, estava acima da velocidade permitida e também por furar o sinal vermelho.

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