A defesa do sargento Valdeci Alexandre da Silva Ricardo e o cabo Bruno Cesar Malheiros dos Santos, da PM (Polícia Militar), envolvidos na morte do ex-vereador Dinho Vital, conseguiu na Justiça acesso aos autos de investigação da Promotoria de Anastácio sobre o caso do ex-parlamentar da cidade, morto a tiros no último dia 8.

De acordo com a defesa, a promotoria negou acesso às informações com argumento de que: “com vistas a preservar a segurança da sociedade e a própria manutenção da ordem pública”; “estar-se-ia possibilitando que investigados, e consequentemente organizações criminosas, antecipassem possíveis e futuras investigações”.

Os dois policiais, além do ex-prefeito de Anastácio e atual pré-candidato do PSDB, Douglas Melo Figueiredo, foram presos em operação nesta sexta-feira (17). Douglas pagou uma fiança de R$ 15 mil e foi solto. A decisão ao acesso à investigação pela defesa dos policiais militares, em até dez dias, é do juiz Luciano Pedro Beladelli que deferiu pelo mandado de segurança impetrado.

A operação que culminou na prisão dos PMs e do ex-prefeito, foi realizado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) nas primeiras horas da manhã desta sexta (17). Segundo testemunhas o sargento e o cabo acompanhavam, armados, o ex-prefeito Douglas Figueiredo desde a hora que ele chegou até o momento que deixou o local. Boletim de ocorrência do caso foi registrado como ‘homicídio decorrente de oposição a intervenção policial’. Os dois servidores da segurança pública também foram afastados.

O laudo oficial aponta que dois disparos atingiram Dinho no dia 8 de maio. Um na região da escápula do ex-vereador e saiu pelo tórax. Já o outro tiro atingiu a barriga de Dinho, local por onde também saiu.
Com isso, ainda há suspeita sobre a tese de que os policiais teriam atirado para desarmar Dinho. Já alguns moradores de Anastácio afirmam que é Dinho foi vítima de uma execução.