O Poder Judiciário deu um prazo de 10 dias para Iago Romão de Almeida, um dos acusados de matar e esconder o corpo de Leonardo Gomes Lescano, no bairro Nova Lima, em Campo Grande, em junho de 2020. O edital de citação foi expedido na última quarta-feira (28), pelo Juiz Dr. Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Iago, vulgo ‘Neguinho’ ou ‘Chipa’, tem 10 dias para “apresentar Defesa Preliminar, bem como deve informar se possui advogado ou impossibilidade financeira de constituir tal profissional, quando então deverá manifestar seu interesse na nomeação da Defensoria Pública para patrocinar sua defesa junto ao cartório”, consta no edital.

Além de Iago, Maxsuel Bruno da Silva, vulgo ‘Maquito’, teve um edital de citação expedido no dia 5 de dezembro de 2023, com o mesmo prazo para se manifestar no processo. A dupla é acusada de homicídio por motivo torpe com recursou que dificultou a defesa da vítima e ocultação de cadáver.

O crime

Leonardo Gomes Lescano, 23 anos, estava desaparecido desde o dia 11 de junho de 2020. O corpo da vítima foi encontrado em uma fossa no dia 14, com ferimento no pescoço no bairro Nova Lima. O crime ocorreu na Rua Afonso Martins de Souza.

Maxsuel ligou para a vítima e a convidou para tomarem uma cerveja no local dos fatos, momento em que Leonardo perguntou a ele sobre o pagamento de uma dívida de R$ 100. Maxsuel respondeu que eles conversariam no local, segundo a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Já no local, os acusados e a vítima ingeriram bebida alcoólica, momento que Maxsuel se levantou e disse queria urinar, porém, de surpresa desferiu golpe com arma branca contra Leonardo.

Em seguida, a dupla jogou a vítima em uma fossa que tinha no quintal. 

Um dos acusados teria matado Leonardo para fugir do tribunal do crime do PCC (Primeiro Comando da Capital). Conforme o rapaz, que chegou a ser preso na época e prestou depoimento, Leonardo o ameaçava, inclusive indo até a casa em que ele morava com a avó. 

Em algumas ocasiões, chegou a dizer que levaria o acusado até uma cantoneira, dando a entender que ele seria sequestrado e julgado no tribunal do crime.