Júri desclassifica crime e homem que tentou matar outro esfaqueado no Tijuca é condenado no regime aberto

O Tribunal do Júri desclassificou o crime de tentativa de homicídio nesta quinta-feira (31) e condenou Thiago Rodrigues Gonçalves, de 38 anos, no regime aberto por tentar matar Bruno Carvalho dos Santos, de 28 anos, no Jardim Tijuca, em Campo Grande.

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O crime aconteceu na noite do dia 12 de setembro de 2020, na Rua Apetubas, quando Bruno – na época com 24 anos – foi esfaqueado por causa de um isqueiro. 

Ao fim da sessão, o Conselho de Sentença acolheu uma das teses da defesa, desclassificando a tentativa de homicídio e decidiu por condenar o autor pelo crime de lesão corporal grave. A pena, de um ano de reclusão, deverá ser cumprida no regime aberto.

Júri popular

Durante julgamento, Bruno afirmou que não conhecia o autor. Disse que estava na rua da casa de uma colega, quando pediu um isqueiro emprestado, depois colocou no bolso e esqueceu. 

Em seguida, saiu para comprar refrigerante e na volta foi esfaqueado nas costas. Após ser ferido, ele contou que chegou a questionar o autor e depois saiu correndo para a casa da amiga.

A vítima foi socorrida e ficou internada por cerca de sete dias. O homem disse que chegou a perder os movimentos do braço direito e a fala, porém conseguiu voltar a falar. 

‘Se eu quisesse teria ido atrás dele’, disse o autor

Já o autor negou que a situação tenha ocorrido desse jeito. Disse que conhecia a vítima sim e que Bruno havia falado que uma menina, de 11 anos, era sua esposa. A menina seria filha da amiga da vítima. 

Disse que passou pelo local quando Bruno pediu emprestado o isqueiro e ao pedir de volta a vítima teria dito “Se quiser pega de mim”, e teria partido para cima de Thiago.

O réu explicou que tinha um canivete, nesse momento, pegou e o esfaqueou. “Ele largou a bicicleta e veio para cima de mim e eu peguei meu canivetinho que eu já andava e esfaqueei”, lembrou.

Thiago ainda relatou que não foi só pelo isqueiro, mas que estranhou também a questão de Bruno afirmar que a criança era mulher dele. 

“Não queria fazer nada com ele. Se eu quisesse teria ido atrás dele já”, afirmou.

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