A Justiça determinou a soltura da dupla, de 20 e 21 anos, presa por fabricação e venda de perfumes falsificados no dia 14 de outubro, em Campo Grande. Além da dupla, uma mulher também foi presa, contudo, foi liberada ainda no mês passado. O trio chegou a Mato Grosso do Sul após uma tentativa frustrada de golpe em São Paulo.
Durante a audiência de custódia realizada em outubro, o magistrado Aluisio Pereira dos Santos havia determinado a prisão preventiva, já com vaga na Agepen. Contudo, nesta quinta-feira (21), o juiz Roberto Ferreira Filho determinou a concessão de liberdade provisória dos dois indivíduos que ainda estavam presos.
Eles, no entanto, terão algumas medidas cautelares, como não se ausentar da comarca por mais de oito dias, não mudar de residência sem comunicação ao juízo, além de comparecer a todos os atos para os quais forem intimados e ao comparecimento mensal em juízo.
Agora, os autuados devem retornar para o estado da Bahia, onde devem cumprir as condições de liberdade.
Terceira envolvida
A mulher, de 20 anos, que formava o trio e foi presa junto aos outros dois envolvidos, teve a liberdade provisória concedida ainda no mês passado, após treze dias de prisão.
Ela também está sob a jurisdição da Bahia, visto que reside em Feira de Santana, e cumpre as mesmas medidas cautelares da dupla.
Perfumes falsificados
Foi recebida a denúncia de que o trio estava vendendo perfumes próximo à rotatória da Coca-Cola. Assim, os policiais iniciaram o monitoramento, surpreendendo-os quando chegavam a um hotel da região.
Eles foram abordados com caixas de perfumes e confessaram a venda dos produtos. Conforme o relato, eles percorrem lojas que já os conhecem, compram os frascos vazios e depois inserem neles uma mistura de álcool 70%, essência e corante.
Com eles, foram apreendidos 385 frascos vazios, nove frascos com produtos falsificados, álcool e essência.
Os três chegaram à capital no último sábado (12) e foram para o hotel, próximo à rotatória da Coca-Cola, onde foram presos em flagrante pela Decon após uma denúncia.
Questionado sobre a origem dos frascos, o rapaz respondeu que eles saem “rodando” nas portas perguntando e, com isso, compram em vários lugares a preços de R$ 0,30 a R$ 0,40 por frasco.
Contudo, ele alegou que comprou uma grande quantidade em Campinas e resolveu trazer para Campo Grande, onde comercializava os frascos a preços de R$ 10 a R$ 15. Por vezes, o trio vendia cada frasco por até R$ 5, segundo o depoimento do rapaz.
Após a compra dos frascos vazios, os criminosos inserem neles uma mistura de álcool 70%, essência e corante. Porém, ao delegado, o rapaz disse que não sabe preparar os perfumes.
Entre os perfumes falsificados apreendidos pelos policiais, estava um produto com cor de leite, e, ao ser interrogado sobre o mesmo, o rapaz explicou que ele “barrentou”. Quando eles adicionaram o álcool, havia água, e, por isso, o produto estragou.
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