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Polícia

Jovem morta pelo companheiro tinha retomado relacionamento há mais de 1 ano após anular medidas protetivas

Bruna dos Santos Maroto foi espancada e esfaqueada pelo companheiro na noite da última sexta-feira (27)
Lívia Bezerra -

Bruna dos Santos Maroto, de 26 anos, assassinada pelo companheiro de 43, tinha retomado o relacionamento há mais de 1 ano após anular as medidas protetivas solicitadas contra ele. O feminicídio aconteceu na noite da última sexta-feira (27) quando a jovem foi espancada e esfaqueada no Los Angeles, em

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Durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda (30), a delegada Analu Ferraz, da (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), deu detalhes do interrogatório do suspeito. 

Em depoimento na especializada, o homem contou que a companheira chegou ao local onde ele estava, mas havia uma circulação de diversas pessoas, já que a vítima seria usuária de drogas. Contudo, ele não sabe apontar quem eram essas pessoas. 

Logo, ele teria saído para ir até um supermercado comprar algo para lancharem. Quando retornou, alegou que a mulher já estava sem vida no chão. Após o flagrante, ele teve a prisão preventiva decretada.

Delegada Analu Ferra durante coletiva de imprensa. (Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax)

“Essas informações não condizem com a realidade da investigação. Nós temos elementos suficientes para caracterizar e materializar o feminicídio e o suspeito tem o seu direito constitucional de apresentar a versão que ele quiser. E nós como polícia judiciária temos que fornecer elementos para uma ação penal”, explicou Analu, afirmando que não restam dúvidas de que ele cometeu o crime.

Em relação aos antecedentes criminais do suspeito, a delegada contou que existem diversos registros de contra ele envolvendo Bruna. Ao realizar os boletins de ocorrência, a vítima solicitava medidas protetivas, porém, as medidas eram revogadas. 

“A última ocorrência foi em novembro de 2023. Ela tinha uma medida protetiva que ele foi intimado via digital por não ter sido localizado para intimar presencialmente. Mas, mesmo ela estando com essa medida protetiva, retomou o relacionamento com ele sem a solicitação da revogação”, detalhou a delegada da Deam. 

Delegada faz alerta sobre violência contra as mulheres

Ainda na sexta-feira (27), Campo Grande também registrou a morte de Mariza Pires, de 66 anos, assassinada pelo próprio filho, de 36, no Parque Residencial União. A idosa foi encontrada morta com um corte profundo na cabeça e muito sangue em seu corpo. 

O filho foi preso em flagrante e levado para a Deam. Diante dos dois casos registrados em pouco tempo, a delegada Analu Ferraz fez um alerta durante a coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (30), sobre a violência contra as mulheres e o alto número de feminicídios consumados e tentados.

“O que chama a atenção é a questão da violência em relação ao gênero. Hoje nós tivemos um número alto de feminicídios em Campo Grande, não é o que a gente espera. Por mais que todo ano tenham campanhas de conscientização pelo fim do feminicídio, nós ainda temos um número bastante alto no Estado e na Capital”, pontuou a delegada.

Analu também relembrou os feminicídios que tiveram repercussão neste ano de 2024, como o caso do autor confesso que matou a própria irmã, Renata Andrades de Campos Widal no mês de março. Na época, ele tentou se livrar dos vestígios do crime antes de acionar a polícia.

“Tivemos alguns casos de irmão matando a irmã, filho matando a mãe e também companheiros insatisfeitos com o fim do relacionamento”, relembrou a delegada. 

Outro ponto observado pela delegada foi o aumento nos crimes praticados com arma branca. “No crime de feminicídio, são raras as vezes que o autor utiliza arma de fogo. Na maioria das vezes, ele usa o instrumento que tem prontamente, às vezes uma pedra ou faca. Isso observamos bastante neste ano que encerra de maneira triste com mais dois feminicídios”, disse Analu. 

Por fim, a delegada citou os casos de tentativa de feminicídio, lembrando o caso da mulher de 40 anos que foi ferida com mais de 20 facadas pelo ex-namorado no último dia 17 deste mês. O acusado das facadas é Maycon Costa Crispim, que morreu em confronto com o Batalhão de Choque da PM (Polícia Militar) no dia seguinte. 

“Tivemos a moça que levou mais de 20 facadas, uma senhora que levou tiro na cabeça que ainda encontra-se internada após cerca de 7 meses e a jovem que sofreu golpes de faca na saída de um que quase veio a óbito”, finalizou Analu Ferraz.

Idosa assassinada pelo filho

Segundo o boletim de ocorrência, uma equipe da 10ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar) foi acionada com a informação de que a idosa teria sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Porém, ao chegar no local, os militares encontraram duas equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) realizando massagem cardíaca na vítima que estava com um corte profundo na cabeça e muito sangue em seu corpo. A sala da residência também estava tomada por sangue. 

Na ocasião, o filho foi o primeiro a chegar na residência, mas apresentou versões contraditórias, dizendo que a mãe sofreu apenas uma queda. Em seguida, o médico do Samu afirmou aos policiais que as lesões encontradas não aparentavam ser de acidente, mas de assassinato. 

Com isso, a Perícia e a Polícia Civil foram acionadas para o local e o filho da idosa foi conduzido para a delegacia. 

Filho disse ao vizinho que encontrou mãe desmaiada em casa

Ainda no local, um vizinho foi até o imóvel e relatou aos policiais que o filho foi até sua casa e disse que encontrou a mãe desmaiada e ensanguentada na residência. Porém, quando o vizinho viu o imóvel estranhou a quantidade de sangue e os machucados. 

À polícia, ele contou que perguntou ao filho da idosa sobre quem teria cometido as agressões, mas o mesmo respondeu que saiu para comprar cigarro em uma conveniência. Ao retornar, teria encontrado a idosa naquela situação. 

Diante dos fatos, ele acionou o Samu. Durante o socorro, o irmão do vizinho também chegou ao local e logo ficou desconfiado.

Como a polícia apontou suspeita de feminicídio, o filho da idosa foi levado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), onde o caso está sendo investigado.

*Matéria assinada por Daniel Catuver e Livia Bezerra.

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