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Polícia

Falso Pix: Imasul vai instaurar PAD contra servidora presa por golpes de R$ 77 mil em Campo Grande

Mulher foi presa na terça-feira (24) após ser descoberta em um salão de beleza conceituado no Jardim dos Estados
Lívia Bezerra -
Momento em que a servidora foi presa. (Foto: Reprodução, Redes Sociais)

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) vai instaurar um procedimento contra a servidora presa por estelionato em um salão de beleza conceituado no dos Estados, em Campo Grande. A mulher deu R$ 77 mil em golpes do falso Pix em clínicas de estética e foi presa no início da tarde de terça-feira (24).

Além do salão de beleza, a funcionária pública – que recebe salário de R$ 5.976,75 segundo o Portal da Transparência – deu golpe em pelo menos três clínicas de estética, no valor de R$ 77.897,00. Ela também responde na Justiça por não pagar procedimentos estéticos no valor de R$ 7 mil em uma das clínicas localizada no bairro Santa Fé. 

Procurado pela reportagem do Jornal Midiamax, o Imasul afirmou na tarde desta quarta (25) que será instaurado um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) para apurar a conduta da servidora. Entretanto, o instituto não informou se ela será afastada do cargo.

“O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) informa que será instaurado Processo Administrativo Disciplinar para avaliar a conduta da técnica ambiental mencionada”, disse, em nota. 

Por fim, o instituto reafirmou: “O Imasul reafirma o seu compromisso com a ética e a transparência em todas as suas ações e seguirá os trâmites legais até a conclusão do processo administrativo”.

A funcionária pública permanece presa e deve passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (26).

Servidora tem cinco passagens por estelionato

As passagens da servidora começaram em janeiro deste ano, quando ela começou a frequentar o salão de beleza no Jardim dos Estados, onde aplicou o golpe do falso Pix no valor de R$ 40 mil em serviços do estabelecimento e acabou presa na terça (24). Ela gerou cerca de 65 comprovantes falsos para o salão.

Já em fevereiro, a servidora do Imasul procurou uma clínica de estética, no bairro Santa Fé, onde fez procedimentos no valor de R$ 7 mil. No dia 31 de julho, a dona de uma clínica de estética procurou a polícia depois de sofrer um golpe no valor de R$ 17.047 da servidora do Imasul.

Já no dia 21 de agosto, a autora procurou outra clínica de estética, na mesma região, onde fez mais procedimentos que totalizaram o valor de R$ 13. 550. Ela teria feito o falso Pix no valor de R$ 0,01 na tentativa de enganar com falsos pagamentos.

Em agosto, a autora aplicou um golpe em outra clínica, na Rua Padre João Crippa, no valor de R$ 300. 

Conversas e comprovante de PIX mostram como agia servidora golpista

Pequenos detalhes da transação via PIX, como a falta de um ponto no valor de R$ 4 mil e o fato do nome ser um e a chave do destinatário ser outra deixaram em alerta a dentista Camila Dalforno, de 34 anos. Assim, pouco depois de atender em seu consultório e fazer um orçamento para servidora, flagrada após golpe em salão e clínicas, foram suficientes para entender que se tratava de uma estelionatária.

Nos últimos dias, as vítimas conversam em um grupo de WhatsApp e descobriram detalhes dos golpes.

“Disseram que o salário dela no Imasul é todo comprometido com empréstimos, que ela recebeu só R$ 1 mil dos R$ 5 mil porque tem um monte de desconto. Falaram também que ela recebeu R$ 16 mil de pensão dos pais militares, já falecidos e que também deu golpe em uma pessoa, já que pegava feijoada de lá aos fins de semana, há meses, e nunca pagou. No caso do salão, ela ainda fazia as transações bancárias pelo Banco do e pelo Santander. Só que a segunda conta é falsa”, finalizou.

Servidora responde na Justiça por não pagar procedimentos de R$ 7 mil

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, existe uma ação por pagamento indevido na 7ª Vara Cível de Campo Grande. A ação foi ajuizada pela cirurgiã dentista que atendeu a servidora no último dia 5 de agosto, quando foram realizados procedimentos, como aplicação de ácido hialurônico e botox. 

Porém, a funcionária pública optou por pagar os procedimentos antecipados e enviou um comprovante no valor de R$ 6,1 mil.

Já no dia agendado, ela foi até a clínica e realizou os procedimentos contratados. Apesar dos comprovantes enviados, que totalizam R$ 7 mil, a proprietária da clínica não recebeu os valores, ficando no prejuízo. Ocorreram diversas tentativas de negociação, sendo que inclusive a servidora admitiu a dívida, mas não pagou.

(Foto: Reprodução)

Confira a nota do Imasul na íntegra:

“O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) informa que será instaurado Processo Administrativo Disciplinar para avaliar a conduta da técnica ambiental mencionada. O procedimento será conduzido em conformidade com os preceitos da legislação estadual vigente, em especial a Lei nº 1.102, de 10 de outubro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado. O Imasul reafirma o seu compromisso com a ética e a transparência em todas as suas ações e seguirá os trâmites legais até a conclusão do processo administrativo.”

Momento do flagrante em salão de Campo Grande:

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