O homem que subiu em uma torre de telefonia na Vila Bandeirante, na tarde desta terça-feira (16), já fez ato semelhante no início do mês. Na outra ocasião, a torre ficava no Coronel Antonino e as negociações levaram cerca de 12 horas.

Segundo o Corpo de Bombeiros, trata-se da mesma pessoa. No dia 5 de julho, o suspeito subiu na torre de 40 metros e lá permaneceu por quase 12 horas.

Foi necessária negociação com o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) para que ele descesse. O mesmo acontece nesta terça-feira.

As equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas por volta das 15h30. Já na torre, o homem passou a incendiar pedaços de papelão, causando riscos de dano na torre.

Também desta forma impedia que os militares conseguissem subir. Como não houve negociação, já por volta das 18 horas o Bope foi acionado.

Antes de descer, por volta das 7h de hoje, ele jogou uma mochila vazia. No entanto, em cima da torre foram encontradas garrafas de bebidas alcoólicas.

Por conta do ocorrido, trecho da Rua Alexandre Fleming entre a Salim Maluf e a Dr Mario Quintanilla foi interditado.

(Henrique Arakaki, Midiamax)

Policial falou sobre o suspeito

No dia 5, após ser retirado da torre, o homem foi atendido pelos militares do Corpo de Bombeiros.

Tenente Roberson de Oliveira Souza, oficial de dia do Bope, explicou que ele aparentemente estava sob efeito de álcool ou drogas e em situação de rua. “O sujeito estava um pouco reticente para descer de lá, mas com passar do tempo a gente convenceu ele a vir para o chão”.

Foram mais ou menos 12 horas de trabalho e negociação. Essa negociação é uma das modalidades de rotina do Bope e que são aplicadas justamente quando estão em tentativa de ‘autoextermínio’.

“A gente procura trabalhar em cima de convencimento, empatia, para que a pessoa seja demovida, daquele intento”, explicou.

O tenente também relatou que a motivação para ele subir na torre de telefonia não foi esclarecida. “Ele falou vários motivos, estava com falas desconexas, até demorou um certo tempo de conseguir ter conversa normal, mas não conseguimos estabelecer um vínculo com ele”, contou.

Como pedir ajuda

Segundo o Ministério da Saúde, há várias formas de procurar ajuda. Pensamentos e sentimentos de querer acabar com a própria vida podem ser insuportáveis e pode ser muito difícil saber o que fazer e como superar esses sentimentos, mas existe ajuda disponível.

Onde buscar ajuda:

  • CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde);
  • UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais;
  • Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita).

Centro de Valorização da Vida – CVV

O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e voip 24 horas todos os dias.

A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, são gratuitas a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular.

Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre ligação gratuita.