O homem, de 24 anos, que matou o mototaxista Rialdo dos Santos, de 56 anos, em Ladário, a 426 quilômetros de Campo Grande, levaria a motocicleta da vítima para vender na Bolívia. Ele foi preso no dia 7 deste mês, um dia depois do latrocínio, na casa da mãe.
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Rialdo fazia uma corrida de mototáxi com o suspeito na garupa, quando foi atingido por um tiro na cabeça no dia 6 de novembro. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu poucas horas depois na Santa Casa de Corumbá.
Após a prisão do suspeito, ele foi levado para a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Corumbá, onde foi interrogado pelo delegado Filipe Izidio. Ele contou que estava precisando de dinheiro e entrou em contato com um homem dizendo que queria “meter um ‘b.o’”.
Com isso, o comparsa falou ‘toma a arma, vou te deixar no centro’ e logo o buscou na casa da mãe. O combinado era o comparsa fornecer a arma, enquanto o suspeito roubava a moto e em seguida, os dois se encontrariam na casa da namorada do criminoso.
Ao delegado, ele revelou que após o assalto, iria levar a motocicleta de Rialdo até a Bolívia e vendê-la. Com a venda, o suspeito iria dar uma parte do valor para o comparsa.
Assalto que acabou na morte de mototaxista
Durante o trajeto até o Centro de Corumbá, o comparsa repassou a arma e deixou o suspeito na região combinada. Quando estava próximo a uma barbearia, o suspeito deu sinal para o mototaxista, que deu a volta e aceitou a corrida.
Em seguida, ele pediu para o mototaxista deixá-lo em Ladário e Rialdo cobrou R$ 20. Ao chegar no destino, o suspeito anunciou o assalto dizendo ‘perdeu’, momento em que o mototaxista reagiu e foi atingido com um tiro na cabeça.
Durante o interrogatório, o suspeito disse que conseguiu pegar a moto, mas como matou a vítima, ficou com medo e decidiu abandonar o veículo. Depois, ele foi até a casa da namorada, trocou de camiseta e fugiu para o mato.
Logo, o homem escutou barulho da polícia chegando ao local e a namorada gritando “a polícia tá indo para o mato”. Neste momento, ele continuou andando pela vegetação até chegar em uma fazenda, onde pegou um aparelho celular emprestado e tomou banho.
Pela manhã, o suspeito decidiu ir até um bar e conseguiu uma carona para ir até a casa da mãe, onde acabou preso pela polícia.
Questionado sobre o comparsa, o suspeito disse que após o roubo, ambos não tiveram mais contato. Alegou que apenas viu que o comparsa foi até a casa da namorada como haviam combinado.
Suspeito tem extensa ficha criminal e rompeu tornozeleira há 2 meses
O suspeito tem uma extensa ficha criminal, sendo uma delas condenação a 6 anos e dois meses de reclusão por roubo com grave ameaça (praticado à mão armada).
Ele foi preso em abril deste ano, ficou encarcerado por menos de 1 mês e logo foi liberado, mediante o uso de tornozeleira eletrônica. Porém, às 13h51 do último dia 31 de agosto, ele rompeu o equipamento e não respondeu às tentativas de contato da Agência Penitenciária.
Com isso, o rompimento foi comunicado à Justiça dois dias depois e ele passou a ser considerado foragido do sistema prisional, segundo publicou o site local, Folha MS.
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