‘Da Leste’ morre em confronto e Sonora chega a seis mortes em 2024 com guerra entre facções

Operação tenta conter guerra entre facções pelo controle do narcotráfico na região norte de Mato Grosso do Sul

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Movimentação de policiais e Perícia no local de confronto em Sonora. (Sidney Assis, de Coxim)

Já são seis as mortes deste ano ligadas à guerra entre facções que espalha violência em Sonora, cidade a 361 quilômetros de Campo Grande, no norte de Mato Grosso do Sul. Um homem 28 anos, conhecido pelo apelido de ‘Da Leste’ morreu nesta quinta-feira (28) em confronto com policiais.

O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) está na cidade para cumprir mandados justamente em operação que tenta conter a onda de violência causada pela disputa entre narcotraficantes.

Segundo as informações policiais, Da Leste teria atirado ao avistar os policiais, que revidaram. O confronto aconteceu em um terreno com vários quartos no fundo, na Rua do Engenho no Bairro Vila Nova.

Denuncias eram de que no local funcionava uma boca de fumo e também teria armas de fogo.

Uma equipe do Garras chegou no imóvel, quando Da Leste ao perceber a presença da polícia efetuou disparos contra a guarnição, que revidou e o acertou. Socorrido, ele morreu no Hospital Municipal. 

Além de uma certa quantidade de entorpecentes, a polícia encontrou a arma de fogo calibre 44 com várias cápsulas deflagradas. A Perícia esteve no local e o corpo do homem foi levado para o IML de Coxim.

Seis mortes em 2024 ligadas à guerra entre facções

Em janeiro um empresário morreu por engano após um atirador tentar matar o funcionário dele em briga por facção. Em seguida, em fevereiro, confronto com a polícia terminou com dois supostos integrantes do Comando Vermelho mortos na cidade.

Além disso, já em março, atentado em ginásio de esportes deixou mais dois mortos e um ferido, também palco da disputa pelo tráfico na região.

O norte de Mato Grosso do Sul tem importância estratégica para os traficantes, pois serve de entreposto no transporte de drogas da Bolívia e para regiões metropolitanas brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Operação Divisa reúne policiais de diversas unidades

Segundo o jornalista Sidney Assis, que está no local, duas equipes do Garras e uma da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Furtos e Roubos de Veículos) chegaram nesta quinta para ajudar as investigações. 

“Em Sonora há uma guerra entre as duas maiores facções, CV (Comando Vermelho) e PCC (Primeiro Comando da Capital), pelo comando do tráfico de drogas. Inclusive, a cidade foi palco de crimes envolvendo as facções e a polícia veio ajudar a conter a onda de violência”, relata.

(Sidney Assis, de Coxim)

Guerra entre facções

A onda de violência na cidade já havia sido noticiada pelo Jornal Midiamax. Assim, em janeiro um empresário morreu por engano após um atirador tentar matar o funcionário dele em briga por facção.

Um dos executores do crime foi preso e confessou que matou por engano. O motivo do assassinato do funcionário seria a guerra entre facções, pois ele seria de facção rival.

Já em fevereiro, policiais atingiram dois supostos integrantes do Comando Vermelho quando estavam em diligências. Nesta ocasião, outro membro da mesma facção foi preso com armas e munições.

Conforme o registro policial no dia, a polícia alega que há vários dias a equipe de investigadores tem realizado diligências devido à guerra entre facções do PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho em Sonora.

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