‘Gana de viver que exalava pelos poros’, amigos e parentes lamentam morte brutal de cabeleireira

Amigos e familiares da cabeleireira Aline Mayara Boni, de 24 anos, utilizaram as redes sociais para lamentar o crime brutal que tirou a vida da jovem, que deixou um filho de 4 anos. Aline foi encontrada morta com tiro na cabeça em Iguatemi, cidade a 466 km de Campo Grande. 

Principal suspeito do crime, o namorado da jovem, conhecido como ‘Clevinho’, fugiu em uma motocicleta com um comparsa e ainda não foi localizado.

Ela era ex-moradora de Pato Bragado, no Paraná, onde a família reside até hoje. Aline atendia clientes também em Santa Helena, cidade a 34 km de Pato Bragado e 178 km de Iguatemi.

“Linda e Alegre. Tão simpática, educada. Tinha uma gana de viver que exalava pelos poros, você tinha uma energia fantástica e contagiante”, escreveu uma mulher no Facebook. “Quando perdemos uma filha, boa mãe, nós perdemos um pouco também, incrédulas com tamanha crueldade, quando um filho fica órfão, nós voltamos a ficar órfãs outra vez”, lamentou.

Com uma foto ao lado da irmã, ambos sorridentes, Wellington Leão publicou memórias e lembrou do amor que tinha pela cabeleireira. “Bom minha irmã como eu queria nunca receber essa notícia saiba que vou sentir muita saudades do seu jeito brincalhão e doido de levar a vida só não queria que Deus tão cedo te tirasse da minha”, lamentou. 

“Eu te amo minha irmã e para sempre irei te amar”, escreveu.

Atendimento médico e feminicídio

Aline foi encontrada desorientada durante a madrugada de segunda-feira (29) na casa de uma moradora de Iguatemi. A mulher reside na mesma rua e acionou a polícia depois da meia-noite, quando Aline estava desorientada. Ela foi levada para atendimento médico pelos policiais e depois liberada. Não há detalhes se Aline revelou aos policiais que sofria violência e o motivo pelo qual ela foi liberada após o atendimento médico.

Horas após ser liberada do atendimento médico, às 11 horas de segunda-feira (29), Aline foi morta. Vizinhos chamaram a polícia depois de ouvirem barulho de tiros.

A cabeleireira foi assassinada com dois tiros na nuca, com perda de massa encefálica. Ela teria ficado de joelhos ao ser assassinada. Vizinhos teriam ouvido pelo menos quatro disparos e logo depois viram o namorado da cabeleireira saindo do local. Ele ainda teria colocado na cintura uma arma.

Do lado de fora da casa estava um homem conhecido como Rafael, que esperava pelo namorado de Aline em uma motocicleta de cor preta. Os dois fugiram e não foram encontrados. Não havia nenhum registro de violência doméstica contra o suspeito.