Fotógrafo é suspeito de abusar sexualmente de estudante durante ensaio em Campo Grande

Vítima registrou boletim de ocorrência no último dia 25 de outubro, mas a investigação corre em sigilo

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Imagem Ilustrativa. (Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax)

Estudante denunciou um fotógrafo de Campo Grande por abuso sexual durante um ensaio, no dia 25 de outubro. O caso está em investigação pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). 

À reportagem do Jornal Midiamax, a vítima contou que foi até o estúdio para realizar fotos profissionais para a sua formatura. Durante o ensaio, ocorreram os abusos e, segundo ela, o fotógrafo chegou a filmar.

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Com isso, ela procurou a Deam e registrou boletim de ocorrência contra ele. “Tenho todas as provas de conversas com ele. Eu passei por uma situação muito difícil lá no estúdio, pois lá dentro, sozinha, não tive reação alguma. Apenas ele fez tudo que queria fazer e eu só obedeci para poder sair logo de lá. Eu paralisei, só queria que acabasse logo”, afirmou a mulher.

Desde então, a investigação corre em sigilo. Ainda assim, a mulher procurou a reportagem por se sentir revoltada já que o fotógrafo está em liberdade.

Assim, ela contou que o suspeito prestou esclarecimentos na delegacia e teria alegado à polícia que foi contratado para realizar fotos sensuais. Com isso, contrariou a versão apresentada da estudante ao Jornal Midiamax. “Minha revolta é que nada aconteceu e ele está trabalhando normalmente”, disse, indignada. 

Em alguns registros de tela enviados por ela à reportagem mostra que o fotógrafo admite o fato, pois lhe pede perdão. “Me perdoe, eu errei, cai em tentação. Se não puder fazer por mim, faz pela minha mãe, por favor”, disse o acusado, que alega que a mãe possui diabete e está aos cuidados dele.

A reportagem do Jornal Midiamax procurou o fotógrafo para esclarecimento dos fatos, mas o advogado de defesa informou que não irá se manifestar, visto que a investigação está em sigilo. 

Estúdio foi alvo de bombas dias depois do registro de abuso sexual

Segundo apurou a reportagem do Jornal Midiamax, por volta das 19h30 da noite do dia 29 de outubro, o estúdio do fotógrafo foi alvo de duas bombas. Na ocasião, foram encontradas cinco bombas amarradas por um pedaço de pano vermelho, sendo que uma delas estava danificada. 

Câmeras de segurança filmaram a ação. Nas imagens é possível ver a dupla, com os rostos cobertos, acendendo as bombas e jogando as mesmas para dentro do quintal. Devido ao fato criminoso, a mãe do fotógrafo ficou assustada. 

Em seguida, ele procurou a delegacia para registrar boletim de ocorrência. 

Questionado pela reportagem se os fatos possuem relação, o advogado do fotógrafo limitou-se a dizer que as autoridades policiais investigam o caso. Porém, a princípio, são fatos isolados.

Caso de violência doméstica 

Além da denúncia recente de abuso sexual, o fotógrafo já responde por ameaça e injúria, no âmbito da violência doméstica, contra a ex-companheira em 2019. 

Na ocasião, a mulher procurou a Deam para denunciar que o fotógrafo estaria lhe ameaçando e agredindo verbalmente, pois a chamava de “louca, p*ta e demente”. 

À polícia, a vítima relatou que conviveu com o fotógrafo durante nove anos e estavam separados há 100 dias. Como o casal sempre teve um relacionamento complicado, segundo o boletim de ocorrência, ela contou que não procurou a delegacia antes por medo e dependência.  

Na delegacia, a ex-companheira do acusado relatou que ele sempre a controlou demais e eram comuns agressões verbais. Além disso, o registro policial diz que o fotógrafo ameaçava agredir a mulher fisicamente quando ela discordava dele. 

Apesar da denúncia, ela optou, na época, por não representar criminalmente contra o ex-companheiro e nem solicitar medidas protetivas.

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