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Polícia

Com redução de agentes, familiares aguardam mais de 6h horas por visita em presídios de Campo Grande

Mulheres e crianças foram surpreendidas durante visita de parentes
Mirian Machado, Carol Leite -
(Helder Carvalho, Midiamax)

Familiares de detentos, presos no Instituo Penal de e no Presídio de Segurança Máxima, foram surpreendidos com a redução de agentes penitenciários, que participam da mobilização pela regulamentação da categoria. Até quem chegou cedo para garantir a visita foi afetado e tempo de espera passa de 6h na manhã deste domingo (8).

A mobilização dos agentes afetou diversos serviços, entre eles o de visita de familiares. Neste domingo (8), várias mulheres, principalmente com filhos, estão em frente aos dois presídios na esperança de poder rever o familiar detido.

Ao Jornal Midiamax, Bernarda Nunes da Silva contou que chegou às 4h30 para visitar o marido no Instituo Penal. Ela explicou que foi surpreendida com a redução dos agentes e no local estão chamando a cada três pessoas.

Além disso, disse que outras pessoas estão no local desde a noite de sábado (7). Disse que as visitas acontecem por escala eque a cada 15 dias ela pode visitar o marido.

“Simplesmente o agente que tá de plantão falou que está com falta de agente, que a gente tem a paciência para poder entrar. A forma deles de trabalhar é essa”, disse. Enquanto a reportagem estava no local, cerca de 50 mulheres aguardavam na fila.

Muitas crianças no local neste domingo. (Helder Carvalho, Midiamax)

Visita de filhos e netos

Já na Máxima, muitas crianças estão no local. A informação, apurada pela reportagem, é de que aos domingos as mulheres priorizam a visita dos filhos e netos.

No local, a pessoal responsável pela entrega de senhas informou aos familiares de que haviam apenas dois agentes para o serviço no local.

O cronograma, segundo uma mulher, que não quis se identificar, é de que elas têm de chegar às 7h para formar filha. Às 8h é feita a entrega de documentação e das senhas para então começarem a entrar às 9h.

Lá estão entrando cerca de 5 pessoas por vez. A preocupação é porque a visita acaba às 11h30. Retorna às 13h e acaba próximo das 15h. 

Com o atraso e lotação o medo é de não dar tempo de rever o familiar.

Vanessa Oliveira, de 41 anos, foi visitar o marido. Ela levou os dois filhos de 3 e 5 anos, um deles é autista e chegou pouco antes das 8h.

Ela contou ainda que é do semiaberto e foi liberada para visitar o marido. Disse ainda que tem que estar de volta as 17h, mas também tem que devolver os filhos na casa da sogra.

(Helder Carvalho, Midiamax)

Mobilização e serviços afetados

Nos últimos dias, as atividades nas unidades foram afetadas devido à entrega de horas extras pelos policiais penais, uma medida tomada em razão do descontentamento da categoria com as condições de trabalho, bem como a falta de regulamentação da profissão.

Como resultado, diversas atividades importantes estão sendo prejudicadas ou suspensas, incluindo visitas de familiares, atendimentos da Defensoria Pública e de advogados, assistência médica e odontológica, funcionamento de cantinas, remissão de pena por trabalho, manutenção das unidades, banho de sol, além de atendimentos sociais, psicológicos, administrativos e jurídicos.

Segundo o presidente do Sinsap (Sindicato dos Policiais Penais de ), André Santiago, destacou que, tanto os presos, quanto suas famílias, estão sendo diretamente prejudicadas pela situação.

A regularização das atividades nos presídios é urgente e necessária, pois a omissão do Estado em valorizar seus profissionais de segurança pública tem causado sérias consequências para toda a sociedade. Os familiares informaram que pretendem buscar apoio junto aos direitos humanos, Defensoria Pública, OAB e outras entidades para garantir a retomada das atividades e a dignidade no cumprimento das penas“, afirmou Santiago.

Os policiais mantêm o movimento de protestos em locais estratégicos até o dia 9 de dezembro. Contudo, os servidores seguem trabalhando em horário normal, mas sem usar os uniformes. Então, o sindicato aguarda apresentação de uma contraproposta do Governo do Estado até 9 de dezembro.

O Jornal Midiamax acionou o Estado para informações sobre o assunto e aguarda retorno. Destacamos que o espaço segue aberto para posicionamento da parte.

Policiais penais ocuparam plenário da (Helder Carvalho, Jornal Midiamax)

Reivindicação

A mobilização é uma resposta à falta de regulamentação da categoria, criada pela Constituição Federal em 2019. Após cinco anos, Mato Grosso do Sul ainda não possui uma legislação específica para a atuação dos policiais penais.

Os policiais penais reivindicam a regulamentação da categoria, com a garantia de direitos como promoção automática, equiparação salarial às outras forças de segurança. Além de melhores condições de trabalho, visto que apenas 1.800 servidores atendem uma população carcerária de 21.000 detentos.

O presidente do Sinsapp/MS, André Santiago, destacou que a sobrecarga de trabalho tem levado ao adoecimento dos servidores, que frequentemente realizam até 60 horas extras mensais para manter as atividades do em funcionamento.

As manifestações estão sendo realizadas simultaneamente em todos os municípios de Mato Grosso do Sul que possuem unidades prisionais, reforçando a união e determinação da categoria.

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