Três anos vivendo o luto e no aguardo por respostas da morte de Ailton Franco da Silva, executado aos seus 24 anos, no dia 10 de agosto de 2021, após ser sequestrado de sua casa, no Jardim Centro Oeste, em Campo Grande. A família desconhece o andamento das investigações e pede atualizações.

Uma familiar de Ailton, que pediu para ter a identidade preservada, entrou em contato com o Jornal Midiamax em busca de atualizações das investigações. Conforme apurado, o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), antiga DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), está a cargo das diligências.

Conforme a familiar, a espera dura pelo menos três anos, período em que convive com o luto que a morte de Ailton deixou nos familiares. “A família só quer uma resposta e os culpados sejam penalizados. Está sendo muito difícil”, conta.

Ela contou que a única atualização a qual teve sobre o caso – de que a Polícia apreendeu uma pistola a qual pode ter sido usada na execução – foi por um veículo de comunicação. “Em nenhum momento nos chamaram para falar, eu que fui até a delegacia, inclusive, a última vez que falei com o delegado foi em 2022”, conta.

Segundo relato dela, na ocasião, o delegado responsável pela investigação e titular do DHPP, Carlos Delano, informou que as armas passariam por perícia para ter a comprovação de que as balas saíram da pistola apreendida. “Até então, de 2022 para cá, não tivemos mais nenhuma informação. Também temos dificuldade em falar com o delegado, com o escrivão”.

Ela explica, ainda, que o filho de Ailton, que recém completou 9 anos, sofre constantemente a ausência do pai. “Às vezes ele posta que está com saudade do papai. Minha vida parou, eu fui com ele. Vivo à base de antidepressivo”, relata.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil para apurar a relação entre as investigações de crimes de homicídio e os familiares, bem como atualizações para o caso em questão. Contudo, até a publicação da matéria, não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.

Crime

Ailton Franco da Silva, de 24 anos, foi executado com 24 tiros, no dia 10 de agosto após ser sequestrado de sua casa, no Jardim Centro Oeste. Mas, o que a morte do rapaz teria a ver com facção? Informações apuradas pelo Jornal são de que Ailton estaria envolvido com tráfico de drogas, apesar da família do rapaz negar e dizer que ele era uma pessoa ‘tranquila’ e não fazia uso de entorpecentes.

Não se sabe se a execução seria por um negócio mal-sucedido de comercialização de drogas, ou ainda, falta de pagamento.

Os suspeitos estavam armados com submetralhadoras e usavam coletes, além de máscaras, cobrindo o rosto. Conforme a testemunha, eram três homens que estavam em um carro prata, sendo que um deles permaneceu no veículo, enquanto outros dois foram até a porta da residência da vítima. O trio teria dito que Ailton foi “preso por tráfico de drogas”, levando ele.