O evento realizado no Autódromo de Campo Grande, neste fim de semana, que acabou na morte de Nicholas Yann Santos de Jesus, de 20 anos, não tinha alvará, segundo informações passadas pelo delegado Alberto Luiz Carneiro da Cunha de Miranda, da Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social). O motociclista preso pelo acidente e morte recebeu a liberdade, nesta segunda-feira (3).

De acordo com o delegado, “não houve expedição de alvará para esse evento, conforme informação do setor responsável da Deops”. Ainda segundo informações, no caso do evento que tinha a cobrança de bilheteria necessitaria de documentação, o que não ocorreu. “Não houve a solicitação do alvará da Deops neste caso concreto”, reforçou o delegado.

Alberto ainda esclareceu que um dos alvarás que precedem ao da Deops é o do Corpo de Bombeiros para que o local passe por vistoria, além de precisar de autorizações da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Sefin (Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento). Também há necessidade do recolhimento de taxas da Sefaz e só, então, é expedido o alvará da Deops. 

O motociclista preso pela morte de Nicholas Yann Santos de Jesus, de 20 anos, no acidente no Autódromo de Campo Grande, na madrugada de domingo (2), ganhou liberdade nesta segunda-feira (3). Ele havia sido preso quando recebia alta do hospital.

Nicholas havia ganhado a motocicleta de seus pais duas semanas antes do acidente para trabalhar. O rapaz foi enterrado nesta manhã de segunda (3). 

‘Não vi a motocicleta’

Quando preso, ele disse que ‘não viu a motocicleta’. Para os policiais, ele falou que havia ingerido um copo de bebida alcoólica, mas o teste do bafômetro deu negativo. Ainda de acordo com o autor, ele estava empinando a sua motocicleta e não teria visto a aproximação de Nicholas.

Aos policiais, a mulher contou que o autor do acidente a chamou para dar uma volta e estava fazendo a manobra de empinar quando aconteceu a colisão. 

Tanto a vítima, Nicholas, quanto o autor que estava na outra motocicleta tinham CNH (Carteira Nacional Habilitação) AB. De acordo com o autor, ele ficou sabendo da morte de Nicholas ainda no Autódromo. Um dos organizadores do evento tentou retirar do local a motocicleta de Nicholas.