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Polícia

‘Estelionatário do amor’ é condenado 8 anos após dar golpe em loja de roupas de Campo Grande

Ele responde por outros golpes que teria dado em mulheres
Renata Portela -
Imagem ilustrativa (Arquivo, Midiamax)

Conhecido como ‘Estelionatário do amor’, homem de 35 anos morador em Campo Grande foi condenado em 2023 por um dos crimes de estelionato a que respondia. Ele deu golpe em uma loja de artigos country em 2015.

A denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) aponta que os fatos aconteceram em 26 de dezembro de 2015. Vendedor da loja teria recebido ligação de um suposto coronel da Polícia Militar.

Esse homem então disse que o filho precisava de uma bota e convenceu o vendedor a entregar o calçado, sob pretexto de que pagaria no dia seguinte. Alguns momentos após a ligação, o estelionatário entrou em contato pelo WhatsApp.

Assim, disse que o pai teria passado o contato e combinou de ir até a loja. No estabelecimento, comprou uma bota, uma camisa, uma camisa polo, um cinto de couro e uma calça jeans, totalizando R$ 967 reais.

Porém, ninguém apareceu para fazer o pagamento. O suspeito foi cobrado pelo vendedor no WhatsApp, mas acabava enrolando a vítima. Com isso, foi feita investigação e denúncia pelo crime de estelionato.

Só em 2023, o suspeito foi condenado, na época, a pouco mais de dois anos de reclusão. Ele ainda entrou com recurso, e em dezembro de 2023 a pena foi reduzida.

Conforme a decisão, o réu deverá cumprir um ano, 9 meses e 20 dias de reclusão, com pagamento de 21 dias-multa. Em 18 de dezembro, a juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal, intimou o réu para pagar a multa.

É aguardado trânsito em julgado e a emissão do mandado para que o acusado comece a cumprir a pena.

Tentativa de execução

Em 2021, o suspeito foi alvo de tentativa de execução, atingido por 8 disparos de arma de fogo na Mata do Jacinto, em . Ele estava dentro de um carro com mais duas pessoas, quando foi atingido pelos tiros.

Conforme informações do boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por moradores e, chegando à Rua Pridiliano Rosa Pires, os militares não encontraram nem a vítima, nem o autor.

Então, testemunhas disseram que o homem foi levado no próprio carro até a casa do sogro e de lá encaminhada para o hospital. A vítima foi atingida por 8 perfurações, no braço esquerdo, pescoço, rosto e lateral das costas e pernas.

Ele estava consciente e orientado, aguardando transferência para a Santa Casa, mas entrou em coma ao chegar no hospital. Moradores da vizinhança informaram que os autores estariam em um carro Fox vermelho, e seriam dois ocupantes.

Duas passageiras que também estavam no carro, junto à vítima, não se feriram. Na época, o caso foi investigado e o conhecido como ‘Estelionatário do amor’ se recuperou dos disparos. Ele ainda foi procurado para interrogatório, mas não chegou a comparecer na delegacia.

‘Estelionatário do amor’

Com mais de 15 passagens por estelionato, o suspeito é acusado de se aproximar de mulheres fingindo ser militar. Assim, inicia um relacionamento e dá golpes, levando , carros, celulares, entre outros pertences das vítimas.

Um dos últimos casos registrados foi em agosto de 2021. Após a vítima descobrir que caiu em um golpe, passou a receber ameaças do acusado, que já respondia na Justiça por crimes com o mesmo modus operandi.

Assim, segundo a mulher, ela conheceu o suspeito ao receber uma mensagem dele, dizendo que não tinha atendido a ligação porque estava em uma missão.

A vítima, então, respondeu ao número desconhecido, afirmando que não tinha ligado para ele. Foi assim que o golpista começou a conversar com a mulher.

Se apresentando como militar do Exército — embora em outras ocasiões já tenha dito que era policial — ele puxou conversa e conquistou a vítima, que passou a se envolver amorosamente com ele.

Durante o relacionamento, o acusado mentiu, dizendo que tinha vendido um terreno de R$ 300 mil e que o dinheiro tinha sido bloqueado pelo banco. Ludibriada pelo golpista, a mulher acabou ajudando o suspeito, emprestando a ele R$ 10 mil.

Em outra ocasião, passou o cartão em uma loja, no valor de R$ 3 mil para o suspeito. O estelionatário andava em um Jeep Renegade novo, segundo a vítima, veículo que não sai por menos de R$ 90 mil.

Tudo isso para simular ter boa condição financeira e poder dar o golpe. A mulher só descobriu o golpe quando o militar disse que a levaria a uma festa no Exército.

Quando ela estava pronta para a festa, ele ligou, dizendo que o general tinha cancelado o evento. Desconfiada, ela conversou com um amigo, que é militar do Exército, e ele disse que não havia ninguém com o nome do namorado dela no comando e ainda que não tinha nenhuma festa marcada.

Após descobrir o golpe, a vítima se afastou do acusado, quando começou a ser ameaçada e a receber ligações. Por isso, registrou boletim de ocorrência pelo estelionato e também pela violência doméstica.

Velho conhecido da polícia

Em 2016, o acusado foi notícia no Midiamax, após ser preso por estelionato. Na época, a polícia já indicava que ele agia como estelionatário amoroso, ou seja, entrava em relacionamentos e convencia as mulheres a darem para ele objetos caros.

Uma vítima chegou a comprar um iPhone para o golpista, que se passava na época por policial federal. Outra vítima comprou para o acusado um carro avaliado em R$ 80 mil.

Na época, o acusado foi preso na casa dos pais, onde morava. Sempre atuando da mesma forma, ele dizia que estava com as contas bancárias bloqueadas e que precisa comprar algo, mas que vai pagar depois. Com isso, acaba pegando dinheiro das vítimas.

Dois anos depois, em 2018, o golpista foi preso novamente em um apartamento na Mata do Jacinto, com prisão preventiva decretada. A vítima foi um vendedor de joias, que teve duas correntes furtadas pelo suspeito.

Além disso, ele simulou comprar uma peça, mas pagou com cheque sem fundos. O golpe resultou em prejuízo de R$ 23 mil ao vendedor. O acusado chegou a dizer para a vítima que não seria preso e que não pagaria nada.

Com processos judiciais por estelionato ainda tramitando, o golpista coleciona passagens e segue atuando no crime. O crime de estelionato está previsto no artigo 171 do Código Penal, com pena de 1 a 5 anos e multa.

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