Empresário é preso com pistolas e 126 munições durante operação da PF contra tráfico de cocaína em MS

Um empresário, de 35 anos, foi preso pela PF (Polícia Federal) com duas pistolas e 126 munições em um condomínio de luxo, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, na manhã de quarta-feira (15). 

Os policiais foram até a residência do empresário com mandado de busca e apreensão expedido pela 3ª Vara Federal de Campo Grande no âmbito da Operação Prime, que investiga um grupo de tráfico de cocaína em várias regiões do Brasil. 

Ao chegar na casa, por volta das 6 horas da manhã, a equipe policial encontrou o comerciante, esposa e filhos. Os policiais passaram a realizar buscas dentro do imóvel e ao chegar no closet do quarto, encontrou uma bolsa preta.

Os policiais federais mostraram os itens ao comerciante, que alegou não saber da presença das armas e nem quem seja o proprietário, pois, segundo ele, está morando na casa recentemente.

O comerciante foi preso preventivamente e levado para a Delegacia da PF, em Dourados, onde confessou ser dono das armas, munições e carregadores apreendidas.

Ele contou aos policiais que possui uma pistola Glock, registrada no Paraguai, que, inclusive, está no país vizinho. O comerciante afirmou que permanecerá em silêncio em relação a outros detalhes. 

O empresário também disse durante o interrogatório que foi preso, acusado e absolvido de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em 2017 pela Justiça do Paraná.

PF apreendeu 30 carros em Dourados

A PF apreendeu cerca de 30 veículos, sendo pelo menos quatro carros de luxo, também em Dourados. Entre os carros de luxo apreendidos, está uma BMW que seria presente para o filho de um dos investigados. Também foram apreendidos veículos Dodge em outros endereços.

Assim, cerca de 30 veículos foram apreendidos e levados para a sede da PF, onde os agentes cumpriram mandados em condomínios de luxo, imobiliárias e empresas de azulejos. 

Mato Grosso do Sul, Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraíba e São Paulo foram os estados alvos da operação.

São 64 mandados de busca e apreensão, 25 de prisão preventiva e 11 de prisão temporária. Além do sequestro de cerca de 90 imóveis identificados e bloqueio de bens.

Empresas de fachada e 6 toneladas de cocaína

Segundo a PF, o grupo criminoso remetia drogas a países da América Central. Nesse contexto, estima-se que a organização fez o transporte de pelo menos 6 toneladas de cocaína, durante os 3 anos de investigações. A Polícia Federal apreendeu também joias, dinheiro e relógios, assim como armas e munições.  

O grupo usava doleiros na fronteira do Brasil com países vizinhos, além da criação de empresas de fachada, negócios dissimulados e pessoas interpostas.

Por fim, o objetivo da ação é combater organizações criminosas do tráfico internacional de drogas e armas, evasão de divisas, falsificação de documentos públicos, tortura, dentre outros crimes.