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Polícia

Família vai a Fórum pedir justiça por Mikaela, morta a facadas pelo marido em Anastácio

Pedreiro Juliano Azevedo será julgado na tarde desta quarta-feira (17), dez meses após o feminicídio
Lívia Bezerra -
Familiares vestiram camisetas personalizadas para acompanhar o julgamento. (Arquivo Pessoal)

Reunidos e vestidos com camisetas cobrando justiça e o fim da violência contra a mulher no Fórum de , a 134 quilômetros de , familiares de Mikaela Oliveira Rodrigues, de 22 anos, morta a facadas pelo marido Juliano Azevedo, aguardam ansiosamente pelo julgamento, que acontece na tarde desta quarta-feira (17). 

O crime aconteceu no dia 8 de setembro do ano passado e Juliano fugiu com os dois filhos logo após o assassinato. Na época, ele enviou um áudio para o padrasto da vítima confessando o feminicídio e dizendo para ele ‘ver o corpo’. O pedreiro foi preso dias depois e transferido para a Capital. 

Já na tarde desta quarta (17), enquanto Juliano ocupa a cadeira dos réus do Fórum de Anastácio, cerca de 33 familiares usam camisetas estampadas com a foto de Mikaela e com o pedido de justiça.

Aflita, assim como todos os familiares, mas na expectativa de que o acusado seja condenado, Mara Lúcia Silverio Jorge, de 47 anos, tia de Mikaela, conversou com a reportagem do Jornal Midiamax e contou que, mesmo sabendo que nada trará a sobrinha de volta, espera uma justiça compatível com o crime cometido.

“Mesmo sabendo que nada vai trazer ela de volta, esperamos que a justiça seja feita. Por todo o mal que causou, esperamos uma justiça compatível ao que ele fez”, pediu.

Questionada sobre como tem vivido os últimos meses, Mara comentou que, principalmente para a mãe de Mikaela, não tem sido fácil, mas a força são o casal de netos que a mulher deixou, uma menina de 4 anos e um menino, de 3. 

“Todos sofrem, mas a mãe é a que mais tem vivido dias difíceis. O que tem fortalecido ela são os dois filhos que a Mikaela deixou. Porém, por mais que eles estejam bem cuidados pela minha irmã, que dá todo carinho a eles, a gente percebe que a criança vai sentindo falta da mãe, do carinho de mãe”, lamentou a tia da vítima.

Relembre o caso

Uma sequência de atos terminou no feminicídio de Mikaela, morta a facadas pelo marido, que acabou preso no dia 11 de setembro, depois de fugir com os dois filhos após cometer o crime.

Em depoimento após sua prisão, o autor disse que trabalha como padeiro e completaria 9 anos de casado em outubro com Mikaela. Na noite do crime, segundo os relatos dele, o casal e os filhos foram até uma lanchonete e, na volta, percebeu que Mikaela trocava mensagens com alguém no telefone e escondia o aparelho dele.

(Foto: Reprodução, Instagram)

As crianças foram colocadas dentro do carro já dormindo, quando o casal começou a discutir e ele conseguiu tomar o telefone das mãos de Mikaela, vendo que ela trocava mensagens com uma pessoa conhecida do casal que morava a 100 metros da residência deles, e que os dois se tratavam como ‘amor’ nas mensagens.

Ele ainda relatou que já era tarde quando chegaram em casa e continuaram com a discussão e as crianças continuaram dormindo no carro. Na varanda da residência, Mikaela o teria chamado de ‘corno’, e ele, que estava com um canivete, desferiu um golpe em seu ombro. Nesse momento, a vítima foi para o banheiro da casa.

O autor foi atrás e relatou ter tido um ‘apagão’ não se lembrando de mais nada. Ele disse que voltou a si, quando já estava na frente da casa do homem com quem Mikaela trocava mensagens e na sua mão estava o canivete pingando sangue. Suas roupas também estavam sujas de sangue.

Ele decidiu voltar e conferiu que as crianças ainda estavam dormindo no carro. O autor, então, entrou na casa e trocou de roupa, em seguida, foi com os filhos até a casa de sua mãe e pediu ajuda, contando o que havia feito e que precisava de ajuda para cuidar das crianças. Ele ainda relatou que, na semana anterior ao crime, o casal teve uma discussão. 

O autor ainda disse que mandou as mensagens para o padrasto e mãe de Mikaela porque não tinha certeza se ela estava morta e poderiam ajudá-la, caso estivesse viva. A roupa suja de sangue e o canivete foram apreendidos pela polícia.

O caso foi registrado como feminicídio, em Anastácio, onde ocorreu o crime. 

Marido enviou áudio para padrasto da vítima dizendo para ele ‘ver o corpo’

Juliano ainda enviou um áudio para o padrasto da Mikaela confessando o crime. Na mensagem, enviada via WhatsApp, ele diz que estava sendo traído pela mulher e ressalta que estava informando o padrasto dela para que ele pudesse encontrar o corpo da vítima.

“O negócio é o seguinte, peguei a Mikaela me traindo com o ****. Eles já estavam há quatro meses juntos. Quando eu tava trabalhando, eles tavam de sacanagem lá e eu fiz merda, tá?! Tô avisando você, pra você ir lá ver o corpo”, confessou.

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