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Polícia

Menino de 2 anos em coma após supostas agressões segue na UTI sem reação aos estímulos

Polícia investiga caso como tentativa de homicídio e padrasto é tratado como suspeito
Lívia Bezerra -

A criança, de 2 anos, que está em coma com traumatismo craniano, segue na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da de sem apresentar reação aos estímulos nesta quarta-feira (31). O caso deu entrada, inicialmente, como acidente, mas a polícia já trata como tentativa de homicídio e tem o padrasto do menino como suspeito.

Ao dar entrada no hospital, a versão relatada pela mãe – e sustentada por ela em depoimento à polícia – é a de que o menino teria caído de um degrau da escada da residência onde mora, enquanto brincava com a irmã, de 4 anos. No hospital, ele teria chegado com a ‘cabeça rachada’, segundo disse a avó materna durante depoimento, ao qual o Jornal Midiamax teve acesso.

Ao ser examinado, a equipe médica constatou lesões incompatíveis com o relato da mãe e acionou a polícia. Desde então, o caso está sendo investigado pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). 

O padrasto das crianças foi conduzido à delegacia após ser encontrado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) caminhando na , em , nessa terça-feira (30). Ele é suspeito de agredir o menino, mas foi ouvido e liberado por não haver mandado de prisão expedido e porque não estava em situação de flagrante.

A Santa Casa informou nesta tarde de quarta-feira (31) que o menino segue em estado grave, sem resposta aos estímulos e em observação clínica rigorosa de leito de UTI Pediátrica. Ele deu entrada no hospital às 13h31 de terça-feira (23).

O caso está sendo investigado como “abandono de incapaz, se do fato resulta lesão corporal de natureza grave” e “homicídio contra menor de 14 (quatorze anos), na forma tentada”.

Além da avó, a mãe, o pai e a irmã prestaram depoimento na delegacia. O pai disse que soube do caso por terceiros, pois estava trabalhando em uma cidade no interior do Estado e assim que descobriu a situação veio para a Capital.

Ele buscou a filha na casa da avó materna, mas o Conselho Tutelar aconselhou o pai a devolver a criança para ingressar por meios legais.

Agressão de padrasto

O depoimento da avó cita ainda possíveis agressões que o menino e a mãe teriam sofrido por parte do atual padrasto.

À polícia, a avó contou que ficou sabendo pela filha que o neto teria caído, mas não soube como e nem onde os fatos teriam ocorrido. Ela diz que recebeu uma ligação do hospital na terça-feira, dia 23 de janeiro, sendo informada que teria ocorrido um acidente com o neto e que ela precisaria ir até lá buscar a irmã do menino.

No entanto, a avó não tinha condições de ir à Santa Casa e pediu ajuda a um conhecido para buscar a menina.

Conforme depoimento da avó, depois que a menina, de 4 anos, já estava em sua casa, o pai das crianças – ex-detento que deixou o presídio recentemente – teria ido ao local. Ele, então, disse que o menino, de 2 anos, teria morrido, por isso tinha o direito de levar a outra filha.

Ao chegar no hospital, ela descobriu que ninguém havia ido visitar a criança e soube que era mentira que o neto teria morrido. O médico teria dito a ela que o menino chegou muito machucado e com a ‘cabeça rachada’. 

Questionada pela equipe policial se a filha seria capaz de fazer algum mal para o menino, ela teria dito que acredita que tenha sido o namorado da menina, pois já teria ficado sabendo que a mãe e as crianças teriam sido agredidas pelo rapaz.

A avó ainda disse em depoimento que a filha estava com o olho roxo, pois teria se envolvido em briga com ex-colegas da escola. Mesma versão também relatada pela filha à polícia ao ser questionada sobre o machucado no olho.

Hospital denunciou suposto acidente

Conforme o boletim de ocorrência, a criança deu entrada na Santa Casa na tarde do dia 23 de janeiro, uma terça-feira, e ficou no CTI (Centro de Terapia Intensiva) em estado gravíssimo. A criança foi levada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). 

Os disseram à polícia que o menino apresentava lesões incompatíveis com o relato da mãe, de que a criança teria caído de um degrau.

O Conselho Tutelar também foi acionado.

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