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Polícia

Jamilzinho chama bilhete em papel higiênico com plano de atentado contra autoridades de farsa

Bilhete foi apreendido em março de 2020 em uma cela do Presídio Federal de Mossoró (RN), onde estavam Jamil Name e Jamil Name Filho
Lucas Caxito, Lívia Bezerra -
Réu Jamil Name Filho está sendo ouvido por videoconferência durante o julgamento. (Foto: Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax)

Jamil Name Filho, um dos réus pela morte de Marcel Costa Hernandes Colombo, o ‘Playboy da Mansão’, alegou que o bilhete que revelava um suposto plano de ataque a autoridades de Mato Grosso do Sul é uma farsa. A declaração foi feita no julgamento na tarde desta terça-feira (17), no Fórum de

O bilhete, escrito em um pedaço de papel higiênico, cita dois advogados e um suposto plano de ataque, além de notas informando sobre as mortes de ‘Playboy’ e de Matheus Coutinho Xavier. A apreensão do pedaço de papel motivou na abertura da segunda fase da Operação Omertà.

Agentes federais apreenderam o papel higiênico em março de 2020, em uma cela do Presídio Federal de Mossoró (RN), onde estavam Jamil Name e Jamil Name Filho.

Name alegou ao juiz que houve um “entra e sai” nas celas, devido ao aumento de mortes em decorrência da pandemia de Covid-19 na época. Então, que depois o transferiram para a cela em que estava.

Também segundo Name, dois dias após sua transferência os agentes colocaram outro detento em uma cela próxima.  

“Esse indivíduo conviveu ali numa boa, inclusive avisava meu pai sobre remédios. E essa questão do bilhete eu considero uma farsa grande. Inclusive perguntado sobre isso, ele disse que tinha medo do delegado”, alegou Jamil, interrogado por videoconferência.

Bilhete apreendido. (Foto: Reprodução)

Durante o julgamento, Jamilzinho pediu provas e negou conhecer Juanil Miranda – também réu –, acusado de executar a vítima naquele 18 de outubro de 2018, na Capital sul-mato-grossense.

“Eu passei a ver nomes que eu nunca vi. Eu fiquei assim sem entender nada, o senhor José Carlos disse que só viu Juanil na minha casa, é uma mentira deslavada, descarada. Se você achar uma foto de Juanil na minha casa, me condene”, disse ao magistrado.

Jamil Name – que morreu na Penitenciária Federal de Mossoró -, Jamil Name Filho, Marcelo Rios, Rafael Antunes, José Moreira – que morreu em troca de tiros no Rio Grande do Norte -, Juanil e Everaldo Monteiro de Assis são réus pelo crime.

‘Queriam levar meus filhos’

Eliane Benitez, ex-mulher de Rios, prestou depoimento nesta terça (17) e chorou ao relatar os dias que passou na delegacia do Garras, quando da deflagração da Operação Omertà, em 2019. “Queriam me levar, tudo bem, mas meus filhos?”, disse Eliane aos prantos no plenário do júri. 

Primeiro dia de julgamento

No plenário, prestaram depoimento, na segunda-feira (16), os delegados Tiago Macedo e João Paulo Natali Sartori, bem como o investigador de polícia, Giancarlos de Araújo e Silva, testemunhas de acusação. Das testemunhas de Jamil Name Filho arroladas pela defesa, apenas Marcelo Oliveira compareceu e respondeu às perguntas dos jurados. 

Rios teria recebido R$ 50 mil para matar ‘Playboy da Mansão’ dentro de cadeia

Macedo disse que Marcelo Rios, o ex-guarda municipal, recebeu R$ 50 mil para matar Marcel Colombo dentro da cadeia, depois da prisão de ‘Playboy da Mansão’ por descaminho. Mas como não conseguiu matar dentro da cadeia, teve de fazer o ‘serviço’ quando Marcel foi solto.

“A organização mata os pistoleiros que fazem cagada”, disse o delegado. Ainda segundo o delegado, o contador Elton Pedro, que também fazia levantamento de informações para a família Name, teria pesquisado sobre a vida de ‘Playboy da Mansão’.

Público que acompanha o julgamento na tarde desta terça-feira no Fórum de Campo Grande. (Foto: Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax)

‘Playboy de Mansão’

A denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) relata como foi planejado e executado o crime. Naquela ocasião, Marcel estava em uma cachaçaria, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, quando foi atingido pelos disparos.

Ainda segundo o MPMS, o crime foi executado por Juanil, com auxílio de Marcelo Rios, José Moreira e Everaldo Martins. Isso tudo a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho. Além disso, em um erro na execução do crime, um outro homem que estava no local também foi atingido por um disparo.

Por fim, foi apurado que Rafael Antunes foi o responsável por ocultar a arma do crime, com participação indireta. Também foi relembrado na denúncia que a motivação do crime foi por um desentendimento entre Marcel e Jamil Name Filho em uma boate de Campo Grande. Naquele dia, Marcel teria agredido Name com um soco no nariz.

Marcel foi assassinado em 2018, mas a rixa entre o ‘Playboy da Mansão’ e Name começou em 2016, quando os dois se desentenderam por causa de balde de gelo. Em 2021, Jamil Name Filho negou ser o mandante da morte, mas confirmou o atrito e deu detalhes.

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