Delegado pede prisão preventiva de rapaz que confessou ter matado médico por vingança

Edivandro foi golpeado sete vezes enquanto atendia uma paciente em seu consultório

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Delegado conversou com a imprensa (Foto: Marcos Morandi, Midiamax)

O assassino confesso do médico Edivandro Gil Braz, 54 anos, teve a prisão preventiva solicitada pelo delegado Dermeval Inácio da Cruz Neto, responsável pelo caso. O crime aconteceu na manhã desta segunda-feira em Douradina e foi cometido por vingança, conforme depoimento do acusado.

“Durante o interrogatório, ele confessou o crime e disse que foi em razão de um suposto tratamento médico feito em uma ex namorada e que resultou num aborto por parte dela. Por supostamente ter perdido o feto, dois anos depois, ele praticou o delito”, disse o delegado em entrevista coletiva no final da tarde.

Mesmo com a afirmação, a Polícia Civil investigará se existe algum documento que comprove esse atendimento realizado junto a então companheira de Gabriel.  Ainda segundo o delegado, Gabriel Nogueira da Silva, 27, passou o domingo fazendo uso de entorpecente e no momento em que teria cometido estaria sob efeitos de drogas.

“Ele entrou na unidade de saúde já com a intenção de matar o médico. Ficou esperando na porta do consultório e já entrou com uma faca na mão”, disse Dermeval Neto, que disse que os golpes foram desferidos enquanto Edivandro ainda atendia uma paciente. “Ela já foi ouvida e reconheceu o acusado como autor do crime”, complementou.

Durante as oitivas do sobre o crime, o delegado disse ter conversado com a irmã do autor. Ela afirmou que após o suposto caso do atendimento à namorada, o rapaz teria passado por outras consultas junto ao médico, sem que ocorresse problemas.  

O rapaz foi preso em flagrante por homicídio qualificado em razão da utilização de meio que dificulte a defesa da vítima. Ele deve ser encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Itaporã.

Prefeitura decreta luto de três dias

O médico Edivandro morava em Dourados, a 39 quilômetros de Douradina, mas trabalhava no posto de saúde do município desde 2008. 

Em decorrência da morte violenta praticada contra o profissional, a Prefeitura Municipal de Douradina decretou luto de três dias na cidade.

Edivandro foi atacado no posto de saúde que trabalhava (foto: reprodução, redes sociais)

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