Uma idosa, de 67 anos, foi vítima de um golpista que se passou por funcionário de uma instituição financeira e perdeu R$ 170 mil na última sexta-feira (9). A vítima é moradora do bairro Guanandi, em Campo Grande.

Informações do boletim de ocorrência apontam que o golpista telefonou para a vítima e informou a presença de uma suposta movimentação anormal na conta dela. Nesse sentido, para bloquear os invasores, a vítima teria que utilizar um aplicativo que seria repassado pelo suposto setor de segurança cibernética do banco por outro criminoso.

Assim, durante as supostas verificações de segurança, os estelionatários informaram a idosa que após a instalação do aplicativo, a conta estaria protegida. No entanto, para confirmar o procedimento, era necessário ir até a agência bancária e realizar o desbloqueio dos cartões de crédito e conta-corrente. A vítima assim o fez.

Depois, a idosa compareceu na agência bancária de outra instituição, para a mando dos golpistas, retirar a poupança e encaminhá-la para uma “conta cofre”, para ficar em segurança. Novamente, a vítima obedeceu aos bandidos e realizou a transferência bancária para a suposta conta de segurança.

Descoberta

Porém, na sexta-feira (9), a surpresa: todo esse procedimento era um golpe. A vítima constatou o problema ao emitir o extrato de sua conta-corrente, que expôs um prejuízo aproximado de R$ 149.047,18 em suas contas. Não satisfeitos, os criminosos ainda realizaram um empréstimo pessoal no valor de R$ 21.500,00.

Após as transferências ilegais, que estavam ocorrendo desde 31 de julho, os bandidos utilizaram o suposto aplicativo de segurança para formatar o celular da vítima, limpando todo o histórico de conversas. O prejuízo total chegou a R$ 170.547,18.

O caso está registrado como estelionato contra idoso, fraude eletrônica e furto qualificado. O crime segue em investigação pela Polícia Civil.

Denuncie fraudes

A Polícia Civil orienta que vítimas de fraudes eletrônicas, especialmente idosos, podem denunciar os golpes pelo site da delegacia virtual da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul neste link ou pela plataforma da Ouvidoria-Geral (acesse aqui).

As denúncias são registradas de maneira identificada ou anônima. Os comunicantes podem relatar os dados sobre o crime cometido, características físicas e localização do suspeito. Nesse sentido, não é obrigatória a identificação nem o seu telefone de contato.

A Delegacia de Polícia responsável pela apuração receberá a informação e adotará as providências pertinentes.