Com ameaça de paralisação, os policiais civis de Mato Grosso do Sul estão pedindo um reajuste de 18% sobre o salário. A decisão sobre a possível paralisação aconteceu nessa quinta-feira (4) durante assembleia geral da Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul). 

Quase 500 policiais estiveram na assembleia, que aconteceu de forma híbrida. Assim, a decisão inicial é de que os profissionais irão aguardar o posicionamento do Governo do Estado sobre como será a aplicação do reajuste até 20 de agosto, prometido no início deste ano, segundo o presidente do Sinpol MS, Alexandre Barbosa.

“É a data limite para que a categoria não resolva pelo indicativo de greve, já que esse reajuste nos foi prometido no início do ano e até o momento o Governo está só postergando, em total desrespeito a uma categoria que merece toda atenção; que está entre as três melhores do País em resolutividade”, disse Alexandre.

Auxílio-médico

Em maio deste ano, deputados aprovaram a criação de auxílio-médico de R$ 1,8 mil apenas para delegados da PCMS (Polícia Civil de Mato Grosso do Sul). O projeto passou sem dificuldades e foi aprovado por unanimidade dos deputados.

A proposta, que representa 5% do salário dos delegados, foi duramente criticada por outras categorias da PCMS, visto que aumenta a diferença salarial entre delegados e outros servidores, como é o caso de peritos forenses.

Sindicato de peritos tentou barrar a tramitação do projeto apresentado pelo Governo, mas a proposta foi aprovada pela CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) por unanimidade.

Peritos criticam auxílio de delegados

Em documento, o sindicato dos peritos criminais afirma, por meio de parecer jurídico, que projeto de lei é inconstitucional.

O presidente do Sinpof-MS disse à reportagem que se reuniu com alguns deputados na última semana para impedir que o projeto seguisse tramitando com atual texto.

“Visitamos os deputados da assembleia, principalmente quem está na CCJR, e anexamos ofício que esse benefício deve ser estendido a toda categoria, porque fizeram só para a categoria deles. Estamos todos dentro do grupo Polícia Civil. Fizemos esse ofício sendo contra esse benefício não sendo estendido para toda categoria”, disse o presidente do Sinpof-MS, Francisco Orlando, antes da aprovação do projeto na CCJR.