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Polícia

Clima de tensão e movimentação marcam nova rotina em Antônio João após morte de indígena

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, irá visitar a região no próximo domingo (22)
Diego Alves, Clayton Neves -
Região de conflito em Antônio João (Foto: Henrique Arakaki/Midiamax)

Clima de tensão e movimentação policial marcam nova rotina em Antônio João, cidade a 281 quilômetros de , após o indígena Guarani Kaiowá Neri da Silva, de 22 anos, ser morto em confronto com a tropa de Choque da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), nesta quarta-feira (18). No momento, não há indígenas na Fazenda Barra, local dos conflitos. A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, irá visitar a região no próximo domingo (22).

Durante a tarde desta quinta, a reportagem presenciou várias viaturas da Polícia Militar, sendo estas do Batalhão Rural, Choque, um ônibus e demais guarnições. Na MS-384, altura do km-15, proximidades de onde houve o conflito, há aldeia Guarani Kaiowá no Cerro Marangatu.

Na estrada há sinais de que o clima é de tensão, com árvores derrubadas para bloqueio da passagem pela via. Motosserras foram utilizadas para a retirada dos troncos na MS. O Cerro Marangatu fica a aproximadamente um quilômetro da Fazenda Barra.

Sete viaturas da Polícia Militar passaram pelo carro da reportagem do Midiamax, no momento em que a equipe estava na MS-384. A Polícia Militar montou um acampamento em frente a Fazenda Barra. Conforme indígenas, na região também há duas equipes da Força Nacional, escoltando funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio).

A Fazenda Barra, de propriedade de Pio Queiroz da Silva e Roseli Maria Ruiz, está localizada em área homologada como terra indígena desde 2002. Roseli inclusive foi indicada como “especialista” para conciliação do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a Lei do Marco Temporal (Lei 14.701/2023).

A advogada Luana Ruiz, que possui cargo no alto escalão do Governo de Mato Grosso do Sul desde janeiro de 2023, é filha dos proprietários da fazenda. Ela defende os pais em ação judicial que tramita há um ano na 1ª Vara Federal de , contra a Comunidade Indígena Guarani Kaiowá.

A Terra Indígena Ñande Ru Marangatu foi declarada para posse e usufruto exclusivo e permanente do povo Guarani Kaiowá, por meio da Portaria nº 1.456, de 30 de outubro de 2002, e homologada por meio de Decreto Presidencial de 28 de março de 2005. No entanto, a demarcação foi suspensa pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Em setembro de 2023, Luana Ruiz entrou com ação na Justiça Federal alegando ameaças de invasão de indígenas e pedindo a manutenção da posse. Na época, o juiz federal Ricardo Duarte, não viu indícios suficientes que comprovassem a ameaça descrita pela advogada.

Dias depois, o mesmo juiz federal determinou à Polícia Federal que, se necessário, com auxílio material da Polícia Militar e da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, bem como da Força Nacional de Segurança, efetue o patrulhamento ostensivo nas dependências da propriedade rural da Fazenda Barra.

Indígena morto em confronto ficou internado em Unei por latrocínio contra professor em Antônio João

O indígena Neri da Silva, morto em confronto com a tropa de choque da PM, esteve envolvido no latrocínio que vitimou o professor Márcio Renato Barbosa Pereira, em Antônio João, a 318 quilômetros de Campo Grande.

Conforme informações policiais, ele estaria envolvido em um crime análogo ao “roubo qualificado se da violência resulta morte”, ou seja, latrocínio. Isso porque, na época, era adolescente. O assassinato ocorreu na madrugada do dia 13 de novembro de 2015, quando a vítima tinha 32 anos.

Márcio Renato foi encontrado morto por populares com um ferimento de arma de fogo na cabeça, próximo ao ginásio da prefeitura. Dias após o assassinato, três adolescentes, de 15, 16 e 17 anos, foram apreendidos, sendo um deles o indígena Neri. Ele foi internado na Unei (Unidade Educacional de Internação).

Foto: Henrique Arakaki

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Foto: Henrique Arakaki

Foto: Henrique Arakaki

Foto: Henrique Arakaki

Foto: Henrique Arakaki

Foto: Henrique Arakaki

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