Caso Sophia: Justiça nega julgamento separado e antecipa júri de mãe e padrasto em Campo Grande

Julgamento foi antecipado para os dias 21 e 22 de novembro

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A Justiça negou o pedido da defesa de Stephanie de Jesus da Silva para que fosse a júri popular em datas distintas de Christian Campoçano Leitheim. O casal é acusado da morte de Sophia OCampo, de 2 anos. A menina morreu em janeiro de 2023.

A decisão de manter o julgamento do casal para os mesmos dias foi publicada no dia 4 de outubro, pelo magistrado Aluísio Pereira, que em sua decisão adiantou as datas para os dias 21 e 22 de novembro. Antes o júri estava marcado para os dias 27 e 28 de novembro. 

“Quanto ao pedido de cisão do julgamento, não se verifica qualquer prejuízo tendo em vista que ambos os acusados desistiram dos recursos interpostos no TJMS depois de muito tempo porque a regra em nosso ordenamento jurídico é a unicidade de julgamento”, traz parte da decisão.

Ainda segundo o juiz, “o alegado conflito de defesa não se justifica neste caso específico porque são advogados diferentes, sendo comum julgamentos nesta 2a. Vara Do júri e noutras varas do país sem que haja qualquer nulidade”. 

Em julho deste ano, as advogadas já haviam entrado com um pedido para que o júri popular fosse separado.

Já em relação à data do julgamento foi decidido: “Atendendo aos motivos alegados pelos promotores e defesas dos acusados, redesigno novamente a sessão de julgamento de ambos os acusados para os dias 21 e 22 (quinta e sexta) de novembro de 2024. Estes acusados, por estarem presos, têm preferência em relação aos soltos”.

Assassinato de Sophia

Sophia morreu em janeiro de 2023, após passar por várias internações. Assim, as investigações mostraram que a mãe levou a menina até uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), já sem vida. A mulher chegou ao local sozinha e informou o marido sobre o óbito.

Além disso, a polícia identificou indícios de estupro na vítima. Ainda durante as investigações, uma testemunha contou que após receber a informação sobre a morte de Sophia, o padrasto teria dito a frase: “minha culpa”.

Também uma das contradições apontadas na investigação é o fato da mãe dizer que antes de levar a filha para atendimento médico, a menina teria tomado iogurte e ido ao banheiro.

Essa versão é contestada pelo médico legista, que garantiu que com o trauma apresentado nos exames, a criança não teria condições de ir ao banheiro ou se alimentar sozinha.

Por fim, a autópsia apontou que Sophia pode ter agonizando por até seis horas antes de morrer. Após o início das investigações, a polícia prendeu o padrasto e a mãe da menina. Eles seguem presos.

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