A mulher, de 22 anos, e o homem, de 33 anos, que foram presos em um hotel de Campo Grande por latrocínio e ocultação do cadáver de Sidnei Batista, de 50 anos, ocorrido em Chapadão do Sul, tiveram a prisão preventiva decretada nesta quarta-feira (3) em audiência de custódia. Além deles, um terceiro envolvido também ficará preso.

O crime ocorreu no último dia 28. Na ocasião, um sobrinho da vítima procurou a Delegacia de Chapadão do Sul e informou que a casa do tio teria sido invadida por dois indivíduos encapuzados, que o forçaram a entrar na caminhonete dele, uma Chevrolet S10, e em seguida fugiram.

Aos policiais, a mulher presa contou que, na noite do crime, o companheiro dela informou que iria roubar uma casa com mais dois homens, os quais não soube identificar, e, depois, ele a buscou na esquina da casa dela já com a caminhonete roubada.

Um homem de capacete saiu do carro e não foi identificado pela comparsa. A vítima ainda estava na caçamba do veículo e a mulher relata tê-lo escutado gritando. A partir daí, o homem dirigiu até uma plantação de algodão, na saída da cidade, tirou a vítima da S-10 e atirou em Sidnei.

Depois, o casal devolveu a arma para o comparsa e seguiu para Campo Grande. Em um hotel, uma mulher indicou um local para guardarem a caminhonete. O casal levou o veículo até a casa e seguiu para um motel, depois, para o hotel onde foram presos.

O companheiro dela confessou o crime e disse que Sidnei seria agiota. Ele, ainda, contou que foi convidado por mais dois homens para cometer o crime e que mataram a vítima porque ela teria reagido.

Contratada para esconder carro

Durante as diligências, a caminhonete da vítima teria sido localizada por uma equipe do Batalhão de Choque da Polícia Militar, em frente a uma residência no bairro Universitário, em Campo Grande.

Com apoio da Perícia Papiloscópica, a polícia fez levantamento das impressões digitais no veículo, verificando que, na porta do motorista, foi identificado um fragmento de impressão digital pertencente a um dos acusados, que inclusive morava em Chapadão do Sul. 

Depois foi descoberto que o veículo teria sido escondido no bairro Universitário por uma mulher, que foi contratada por R$ 200 para esconder o carro roubado, que seria comprado por um custodiado no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, por R$ 1 mil e 100 gramas de cocaína. 

Na sede do Garras, o último casal contou que não participou do roubo do veículo, nem tinha conhecimento do paradeiro da vítima, que apenas teria comprado o automóvel roubado do autor do homicídio.

A mulher foi colocada em liberdade enquanto o homem, identificado como ‘Zoio’, continuará preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande pela compra da caminhonete S-10 roubada pelo casal.