Um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) foi preso em flagrante, nesta segunda-feira (15), no bairro Jardim Bonança, em Campo Grande, depois de atirar contra a motocicleta do pedreiro após um desacordo comercial.
Informações do boletim de ocorrência são de que o pedreiro e o CAC começaram a discutir devido a obra na casa do autor estar atrasada. Assim, durante a discussão, o pedreiro disse que ia embora. Neste momento, a vítima se dirigiu até a sua motocicleta e o CAC foi atrás armado.
Os dois passaram a discutir, sendo que o CAC exigiu que o pedreiro devolvesse o dinheiro que já tinha pago para ele fazer a obra, num valor de R$ 21 mil. Em seguida, o autor fez 12 disparos contra o tanque da motocicleta do pedreiro, o que provocou vazamento de combustível.
O pedreiro correu e acionou a polícia. Para os militares, o CAC disse que o pedreiro tentou agredi-lo com uma enxada. De acordo com o autor, a obra foi contratada em outubro de 2023, porém, o acertado era concluir o serviço em três meses e já se vão quase oito meses, terminando somente 70% do combinado. O autor esclarece que perdeu a paciência e foi chamar a atenção do pedreiro ainda dentro do imóvel.
O CAC foi preso em flagrante e levado para a delegacia.
Em nota enviada ao Jornal Midiamax, foi dito que o CAC agiu em legítima defesa. Confira a nota na íntegra:
“A defesa do CAC explica que na tarde de segunda-feira, 15, ele foi encurralado em sua própria casa por um pedreiro que trabalhava em uma obra de reforma. De acordo com a família, o profissional arrastava a obra por mais tempo do que havia prometido e teria solicitado mais dinheiro. Ainda de acordo com a defesa, já teriam sido repassados R$ 24 mil. O CAC estava trabalhando como auxiliar do pedreiro e o questionou, alegando atraso na entrega. Ao ser interpelado, o profissional, que tem passagem na polícia, segundo a defesa, o encurralou em um dos quartos da residência, ameaçando-o com ferramentas da obra. Ao conseguir se desvencilhar dos ataques, ele conseguiu salvar sua vida e tirar o rapaz de dentro da sua casa, agindo em legítima defesa. Ele seria réu primário, possui conduta ilibada e responderá por seus atos, segundo o esclarecimento enviado à reportagem.”
(Matéria editada às 10h49 para acréscimo de posicionamento a pedido da defesa)
