‘Batida’ da vigilância sanitária e Decon em clínica de estética apreende materiais vencidos e ácido estrangeiro

Local não teria autorização para realização de cirurgias e mantinha equipamentos com higiene precária

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(Nathalia Alcântara, Midiamax)

Denúncias sobre realização ilegal de procedimentos estéticos levaram policiais da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) a batida em uma clínica, na manhã desta segunda-feira (5), em Campo Grande. Duas viaturas da Decon e uma da perícia criminal participaram da ação. Na internet, a clínica anunciava lipoaspiração “sem corte”.

Segundo a polícia, a responsável pelo estabelecimento, é uma mulher que atendia no local há cerca de 4 meses. A polícia investiga se ela, que é farmacêutica, realizava os procedimentos há mais tempo. Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, ela já teria tido problemas com a vigilância sanitária em ocasiões anteriores.

A reportagem apurou ainda que a ação de hoje começou após a mulher barrar agentes da vigilância sanitária no local. Os fiscais, então, acionaram os policiais da Decon para dar apoio à ocorrência.

Clínica suspeita

O estabelecimento, localizado na Rua Piratininga, no bairro Santa Fé, chamou atenção dos agentes inicialmente por não ter nenhuma placa ou letreiro externo informando a presença de uma clínica no endereço. Além disso, o local não possui autorização para a realização de cirurgias.

Ao entrarem na clínica, os policiais conversaram com a responsável, que informou aos agentes que quem realiza as operações, é um médico parceiro, registrado em São Paulo. Contudo, apesar do registro no estado paulista, o médico não tem autorização para realizar procedimentos em Mato Grosso do Sul.

Conforme o delegado, Reginaldo Salomão, a equipe policial apreendeu notebooks e eletrônicos, para investigar se a farmacêutica também realizou operações no local. O material apreendido estava na sala do médico. No entanto, os policiais não o encontraram.

Além dos eletrônicos, a equipe policial apreendeu materiais vencidos – armazenados sem higiene adequada – e ácido estrangeiro. A clínica também não possui equipamentos obrigatórios para socorro.

Os policiais multaram a farmacêutica, que poderá ser presa caso seja comprovado que ela realizou atendimentos na clínica. Nesse sentido, o médico também será multado e sofrerá penalidades do Conselho de Medicina.

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