O assassino da corretora de imóveis Amalha Cristina Mariano Garcia, foi condenado em março deste ano a pagar custas processuais, multas e regularização de um veículo que comprou de uma mulher em 2020. Ele não fez a transferência do carro, um Agile, e levou multas no nome da mulher, que não foram pagas.

Amalha foi morta por se negar participar de golpe do seguro envolveu o próprio veículo, um Jeep Renegade.

O homem tem passagens por furtos, tráfico de drogas, perturbação do sossego entre outras.

Conforme o processo de 2020, a vítima afirmou que vendeu o veículo ao autor, Fabiano Garcia Sanches, em abril daquele ano. Até hoje ele não transferiu o veículo, não quitou as prestações do contrato, não pagou IPVA e licenciamento, além disso levou multas que também não foram pagas.

A mulher tentou por várias vezes contato com ele mas sempre recebe respostas evasivas e promessas não cumpridas. 

Ela teve o nome negativado, score reduzido, está sendo alvo de cobranças incessantes pelo banco, com iminência de ter a CNH recolhida, além da série de multas.

Fabiano foi condenado a transferir o veículo, assim como as multas, pontos e demais débitos existentes, a contar da data de abril de 2020. Além disso, foi condenado a pagar R$5 mil com juros de 1% ao mês desde a citação e ainda a pagar as custas e despesas processuais e honorários.

A mulher recorreu pedindo indenização de R$20 mil, pois sofreu diversos constrangimentos e situações desagradáveis. 

Latrocínio

Fabiano confessou que matou a corretora após ela se recusar a participar de um golpe do falso seguro. A vítima foi encontrada morta com ferimento na cabeça às margens da MS-455, na região do bairro Jardim Los Angeles, nas proximidades do Porto Seco, em Campo Grande, e o homem preso nesta sexta-feira (24) pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar.

Após colocar a corretora no veículo, o homem a levou para a rodovia, na região do Jardim Los Angeles, e ao notar que ela ainda estava viva, Fabiano decidiu colocá-la no porta-malas e levá-la para as redondezas do Terminal Intermodal de Cargas – Porto Seco, onde a matou usando pau e pedras. 

Após o assassinato, o homem arrastou o corpo de Amalha por cerca de 10 metros para o meio do matagal, às margens da MS-455. 

Em relação ao Jeep Renegade da corretora, Fabiano revelou que, como o golpe do falso seguro não deu certo, ele tentou passar o veículo para terceiros para que fizessem o desmanche ou então saíssem do país com o carro. Porém, o veículo foi abandonado na região do Indubrasil em um terreno baldio ao lado de uma casa, onde a polícia encontrou na tarde dessa quinta-feira (23).

O homem responderá pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver.

Já em relação à mulher detida na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), também na tarde de sexta-feira (24), o comandante do Batalhão de Choque explicou que, até o momento, ela não tem envolvimento no crime. 

Cronograma do crime

  • No dia 21, Amalha comentou com amigas da corretora onde trabalhava que iria sair por volta das 12h29 para receber uma dívida de R$ 20 mil de um ex-paquera.
  • A corretora saiu em seu Jeep Renegade, de cor branca, que sumiu após o corpo de Amalha ser encontrado no meio de um matagal, com as roupas em desalinho.
  • Já no dia 22, um ex-paquera de Amalha foi detido e encaminhado para a delegacia de Ponta Porã, onde foi ouvido e liberado. Isso porque, conforme a delegada Analu Lacerda, não havia evidências de que o homem estaria envolvido na morte da corretora.
  • Outras testemunhas também foram ouvidas pela Polícia Civil.
  • Já na quinta (23), o Jeep Renegade foi encontrado no Indubrasil abandonado em um terreno baldio, ao lado de uma casa, e dois homens foram levados para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
  • Um dos homens foi levado como testemunha e o outro como suspeito, sendo que foram ouvidos e liberados. Um deles tem passagens por ameaça e violência doméstica.
  • Em depoimento, os homens disseram que o Jeep ‘apareceu’ no local e que não viram quem teria deixado o carro no terreno.