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Polícia

Após mais de 6 horas, trecho onde ciclista morreu atropelado em Dourados é liberado por indígenas

Família fez velório na rodovia e ameaçou abrir asfalto para enterrar a vítima na manhã desta quarta-feira (31)
Marcos Morandi, Lívia Bezerra -
(Foto: Reprodução, Sidney Bronka)

Após mais de 6 horas de bloqueio, o trecho onde Catalino Gomes Lopes, de 49 anos, morreu atropelado ao ser atingido por uma caminhonete Hilux, no Anel Viário de Dourados, foi liberado pelas lideranças indígenas. 

O trecho ficou bloqueado entre as avenidas Presidente Vargas e Guaicurus desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (31), quando, em forma de protesto, os indígenas realizavam o velório de Catalino. Os manifestantes usaram diversos galhos, deixando o fluxo bloqueado para os condutores. 

E na tarde desta quarta (31), após uma negociação entre equipes da PM, TOR (Tático Ostensivo Rodoviário), Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e da Funai (Fundação Nacional do Índio), as lideranças liberaram o trecho. 

Conforme apurado pela reportagem do Jornal Midiamax, o órgão estadual afirmou aos manifestantes que nesta semana será implantado um radar no trecho onde ocorreu o acidente. Ainda segundo o Detran, será realizado um estudo para averiguar a necessidade de instalação da mesma sinalização em outro trecho nas imediações. 

O órgão também orientou que os indígenas procurem a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) sobre a questão de implantação de quebra-molas no local.

Familiares ameaçaram abrir asfalto para enterrar indígena

Após o atropelamento, o motorista e ocupantes da caminhonete precisaram ser retirados do local pela PM, devido ao clima de revolta entre populares da região, que cercaram viatura do Corpo de Bombeiros e pediram para o motorista ser entregue.

Ao Jornal Midiamax, Valderi Garcia, liderança indígena da região, explicou que o protesto é uma forma de pedir a instalação de redutores de velocidade no trecho onde o ciclista foi atropelado. Ainda, pedem a presença de autoridades municipais, estaduais ou federais no protesto.

As lideranças indígenas explicaram, ainda, que, caso o problema não seja resolvido, pretendem cavar um buraco no próprio asfalto e enterrar o corpo de Catalino ali mesmo. “Isso é uma pressão, espero que não chegue a esse ponto, mas a violação do nosso direito está tão alta que a gente é capaz de muita coisa”, explicou Valderi.

Atropelamento

Catalino Gomes Lopes, morreu atropelado por uma caminhonete Toyota Hilux na Avenida Guaicurus, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande. Ele tinha 49 anos. O acidente aconteceu no fim da manhã desta terça-feira (30) nas proximidades da MS-156, região do Anel Viário Norte, enquanto o indígena atravessava a avenida.

Uma equipe da Perícia Técnica também esteve no local realizando os trabalhos e, assim que o corpo da vítima foi retirado, diversos indígenas cercaram a caminhonete envolvida no atropelamento e ameaçaram atear fogo na Hilux, segundo o boletim de ocorrência.

O motorista da Hilux e os passageiros foram submetidos ao teste de bafômetro e ouvidos na Depac de Dourados.

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