Após adiamento, começa audiência de Razuk por envolvimento no jogo do bicho em Campo Grande

Testemunhas de acusação estão sendo ouvidas desde o início da tarde desta segunda-feira (11)

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(Fotos: Reprodução)

Acontece desde o início da tarde desta segunda-feira (11) a primeira audiência do jogo do bicho após a deflagração da Operação Sucessione, em 2023, que apontou o deputado Neno Razuk como o líder da organização criminosa que contava com policiais militares como ‘gerentes’ do grupo.

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Inicialmente, a sessão estava marcada para setembro deste ano, mas foi adiada devido a um dos advogados dos réus ter outra audiência marcada para o mesmo dia.

Por isso, a audiência foi remarcada para esta segunda (11), na 4ª Vara Criminal do Fórum de Campo Grande, onde desde as 14 horas desta tarde estão sendo ouvidas as testemunhas de acusação arroladas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Como o processo está em segredo de justiça, a imprensa foi proibida de acompanhar a audiência. Segundo o advogado André Borges, devem ser ouvidas apenas as testemunhas de acusação. 

Outra audiência do caso ainda deverá ser marcada. Entre testemunhas de acusação e defesa, devem ser ouvidas 20 pessoas.

Neno Razuk foi acusado de usar servidores da Sejusp para a organização criminosa

Na época da deflagração da Operação Sucessione, Neno foi alvo de buscas e apreensão em sua casa em um condomínio de luxo, em Campo Grande. Na ocasião, quatro assessores do deputado foram presos. O major aposentado da PM, Gilberto Luiz, também foi preso.

O deputado foi acusado de usar servidores da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) para a organização criminosa do jogo do bicho. As denúncias de servidores da secretaria envolvidos com a organização causaram um racha na secretaria.

Reportagem do Jornal Midiamax, em julho deste ano, revelou uma guerra entre os grupos de Neno Razuk, ‘Banca BR’, contra outro grupo, ‘Banca Kapital’, que estaria tentando dominar o jogo do bicho em Campo Grande.

Segundo alguns anotadores de apostas, policiais militares e civis estariam abordando os cambistas para impor a mudança do controle das banquinhas do jogo do bicho para os donos da ‘Banca BR’.

Em agosto, um perito da Polícia Civil foi denunciado a Corregedoria por ameaçar anotadores do jogo do bicho do grupo que seria rival a Neno Razuk, que supostamente seria apontado como líder.

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