Alta periculosidade: Idosa que matou marido a facadas em Paranaíba continuará presa 

Mulher foi encontrada ensanguentada após matar o marido no domingo de eleições

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Delegacia de Polícia Civil de Paranaíba. (Arquivo)

A idosa, de 71 anos, suspeita de matar o marido João Teodoro do Prado, de 66, na noite do último domingo (6) continuará presa em Paranaíba, a 407 quilômetros de Campo Grande. O homem foi morto a facadas e a mulher foi encontrada ensanguentada no meio da rua, sendo a principal suspeita do crime. 

Na ocasião, ela foi socorrida e encaminhada para o hospital da cidade, mas depois encaminhada para a delegacia, onde foi presa em flagrante. Logo, o delegado Edemilson José Holler, responsável pelo caso, pediu pela prisão preventiva dela.

“Diante das constatações, optei por fazer o auto de prisão em flagrante, bem como fiz a representação pela prisão preventiva dela. A mesma se encontra a disposição da Justiça”, explicou o delegado. 

Já na tarde desta terça-feira (8), a idosa passou por audiência de custódia e o Juiz de Direito, Edimilson Barbosa Ávila, entendeu que ela é de alta periculosidade, principalmente pela análise de sua ficha criminal e a forma como o crime foi praticado. 

“A periculosidade da flagranteada, em tese, é alta, pois ceifou a vida do companheiro quando já tem registro anterior de homicídio doloso, por ter, em tese, matado o filho. A prática de sucessivos homicídios familiares demanda cautelar maior, no caso, a prisão preventiva”, considerou.

Durante o interrogatório na delegacia, a mulher revelou que é aposentada e morava com o marido há 25 anos, mas ambos não tinham filhos juntos. 

Ela disse que tem um filho, de 50 anos, que lesionou outro homem, mas não se recorda do nome. Afirmou também que já foi presa por homicídio doloso em 2022, quando matou seu outro filho, Agmar Querino de Almeida com uma faca de cozinha em legítima defesa. 

No ano passado, ela também foi acusada de lesão corporal dolosa contra o próprio marido. Ao ser interrogada sobre o assassinato do companheiro ocorrido no fim da tarde de domingo (6), a idosa optou por ficar em silêncio. 

Agmar foi morto a facadas pela mãe há 4 anos

Agmar Quirino de Almeida, de 50 anos, foi morto a facadas pela mãe em 2022. Pouco antes de falecer, mas já ferido, ele ainda buscou outro objeto para atingir a mulher.

Ela teria dito na época que houve uma discussão com o filho e ele teria pegado um facão na cozinha e desferido um golpe na parte lateral do seu rosto. Em seguida, ela caiu e ele ainda a chutou.

Ao levantar, ela foi até a mesa e pegou uma faca, momento em que desferiu alguns golpes no filho. 

Depois, ela foi até o quarto onde o marido dormia e contou o que havia acontecido. Ela também saiu na rua, contou para os vizinhos, pediu para que eles acionassem a polícia e que ela aguardaria na calçada, em frente a casa.

Assassinato do marido

Os policiais foram acionados depois que populares encontraram a mulher caída no meio da rua com as roupas sujas de sangue, por volta das 16h20 de domingo (6), dia de eleições municipais em todo o Brasil. Quando os militares chegaram, a idosa estava ensanguentada e quase inconsciente, sendo encaminhada ao hospital da cidade, onde ficou sob escolta policial.

Já na residência, João foi encontrado apenas de short, morto em um dos cômodos da casa. Ele tinha várias perfurações de faca.

Testemunhas contaram que a mulher e João se tratavam como um casal, e tinham um histórico de várias brigas e de separações, e que no domingo (6), um carro teria parado em frente ao imóvel e a deixado. Alguns minutos após sua entrada, a mulher teria saído toda ensanguentada e deitado na calçada do imóvel da frente. 

Durante o socorro ao hospital, ela não disse nada aos policiais. A suspeita é de que ela estaria fingindo sua condição médica para desviar o foco do crime. A idosa tinha um ferimento de faca no tornozelo. 

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