No próximo dia 12, completa um ano da morte de Ramão da Silva Alves, em Coxim, cidade a 253 quilômetros de Campo Grande. A vítima foi assassinada aos 48 anos, com golpes de pauladas, em sua residência no bairro Senhor Divino.
Conforme a denúncia, o servente de pedreiro, Leonardo Duarte Siravegna, de 27 anos, é acusado pelo homicídio. Após o crime, o autor tentou fugir para a cidade de Figueirão, contudo acabou sendo preso e confessou o crime.
Leonardo foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por homicídio qualificado por meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e motivo torpe, ainda aplicando o agravante de crime hediondo.
O autor está sendo representado pela Defensoria Pública, que solicitou, em junho deste ano, a revogação da sua prisão preventiva. “Tem-se que a prisão preventiva do acusado deve ser revogada, nos termos do artigo 316 do CPP, por não mais subsistirem os motivos que ensejaram sua decretação”, diz o pedido. Contudo, foi negado pelo MPMS.
Audiências
Em setembro deste ano, ocorreu a primeira audiência de instrução e julgamento com testemunhas de acusação, entre elas a dona do bar onde teria iniciado a discussão. O réu participou da audiência, que foi realizada por videoconferência. Entretanto, duas testemunhas não compareceram.
A segunda audiência do caso, com o interrogatório do Leonardo, foi em outubro, no qual foi realizada a oitiva das testemunhas ausentes na primeira e também o interrogatório do acusado. Mas, o acusado permaneceu em silêncio.
Sem data para julgamento
Mesmo próximo de completar um ano do crime, o poder judiciário ainda não marcou a data em que Leonardo deve ser julgado.
Motivação
No documento consta que Leonardo diz que a vítima queria manter relação sexual com ele, e isso o motivou a agredi-lo. Contudo, as investigações apontam que Leonardo e Ramão teriam iniciado uma discussão em um bar e, após a briga, a vítima foi para a sua residência.
Leonardo foi até a casa da vítima e desferiu contra ela golpes com uma arma branca, levando-a morte. O crime foi praticado por meio cruel, pois a vítima sofreu diversos golpes e múltiplas lesões.
Após o crime, Leonardo fugiu da cidade e foi para o município de Figueirão. Na denúncia, aponta que a sua esposa confirmou que ele manteve contato e confessou ter matado uma pessoa durante a madrugada. Ainda, manteve contato com o seu pai, a fim de pedir dinheiro para fugir.
Relembre o caso
Ramão da Silva Alves, de 48 anos, foi morto a pauladas na madrugada do dia 12 dezembro de 2023, em uma quitinete na Avenida Pedro Pedrossian, no bairro Senhor Divino.
A vítima foi encontrada com ferimentos graves na cabeça e no rosto. Um pedaço de madeira – usado para golpear a vítima – foi encontrado no local, próximo do corpo.
Equipes da Polícia Militar, Civil e a Perícia Técnica foram acionadas na época para o local. Algumas testemunhas foram ouvidas, mas não souberam informar sobre o suspeito.
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