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Polícia

Justiça aumenta pena de médico que matou Carolina em acidente por dirigir embriagado

Na época do julgamento em primeira instância, ele foi absolvido do crime de trânsito
Renata Portela -
Médico residente João Pedro da Silva Miranda e carro da vítima do último acidente (Reprodução)

Foi condenado nesta semana o médico João Pedro da Silva por dirigir embriagado, crime previsto no artigo 306 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), no processo do acidente que vitimou a advogada Machado, em 2017. A acusação entrou com recurso após ele ter sido absolvido deste crime.

Assim, os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) foram favoráveis ao recurso. Inicialmente, no primeiro julgamento, o desembargador relator Carlos Eduardo Contar pediu vistas.

Adiado, o julgamento teve decisão na quinta-feira (13). O entendimento foi de condenar o réu pela prática do crime de conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool.

Isso, a partir das provas juntadas aos autos, como depoimentos de testemunhas. Com isso, a pena de 2 anos, 7 meses e 15 dias passou para 4 anos e 21 dias de detenção. Considerando que a sentença passa apenas 21 dias dos 4 anos, não foi aplicado regime fechado.

No entanto, o médico deverá cumprir o regime semiaberto. Ainda foi aplicada pena de indenização mínima de R$ 50 mil. “Considerando que os delitos praticados são de extrema reprovabilidade e inegavelmente causam intenso sofrimento à vítima sobrevivente e aos familiares da vítima que teve a vida ceifada, entendo por bem fixar o valor de R$ 50.000,00 a título de indenização mínima”, diz trecho da decisão.

Liberdade concedida

Também na quinta-feira (13), foi decidido pela liberdade provisória de João Pedro, pela turma da 3ª Câmara Criminal. Essa decisão já recai sobre o último acidente em que o réu se envolveu dirigindo sob efeito de álcool, conforme denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Preso em flagrante e com prisão preventiva decretada, João Pedro recorreu e tentou liberdade, em pedido de liminar, que foi negado. Depois, no julgamento, foi decidida liberdade provisória com pagamento de 100 salários mínimos.

O valor é de R$ 132.000, que até a manhã de sexta-feira (14) ainda não havia sido recolhido.

Acidentes envolvendo o médico

Foram três acidentes provocados por João Pedro de Miranda, de 29 anos, por dirigir embriagado em , sendo que em um deles a advogada Carolina Albuquerque morreu ao ter o carro atingido pela caminhonete do agora médico, na , em novembro de 2017.

O último acidente registrado aconteceu depois da meia-noite de sexta-feira, 9 de junho e, quando preso, João apresentava sinais de embriaguez. Ele disse aos policiais que a motorista teria furado o sinal vermelho e que ficou no local do acidente prestando socorro sem fugir. João ainda relatou que faz residência médica no da Cassems.

Durante a prisão, João Pedro confessou que havia ingerido bebidas alcoólicas. Ele apresentava sonolência, olhos vermelhos, roupas em desalinho e odor etílico, segundo os policiais que atenderam ao acidente.

A motorista foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levada para a Santa Casa, com fratura no quadril. A vítima dirigia um Toyota Corolla e seguia pela Avenida Rubens Gil de Camilo, sentido leste-oeste, quando no cruzamento com a Rua Paulo Machado foi atingida pela caminhonete Amarok, conduzida por João.

Com a batida, o carro da vítima ficou com a lateral do motorista destruída. O local fica a poucos metros de onde aconteceu o acidente com morte em 2017, também provocado por ele.

João Pedro estava com a CNH (Carteira Nacional Habilitação) e foi levado para a delegacia, preso em flagrante pelo crime.

Reincidente

João foi condenado inicialmente a dois anos pela morte de Carolina. No dia 2 de novembro de 2017, a vítima voltava para a casa de madrugada com o filho pequeno, quando foi atingida pela caminhonete dirigida por João.

O acidente aconteceu na Avenida Afonso Pena e, conforme dados da polícia, João trafegava a 115 km/h. A advogada não resistiu ao impacto e morreu no local, porém, o filho dela escapou sem ferimentos graves.

O acidente aconteceu no cruzamento da Avenida Afonso Pena e a Rua Paulo Coelho Machado. João dirigia uma caminhonete Frontier, também sob influência de álcool. Após o acidente, o autor fugiu do local.

Em janeiro de 2017, João também se envolveu em acidente de trânsito bêbado. O acidente aconteceu na rotatória da Avenida Tamandaré com a Euler de Azevedo.

João conduzia a caminhonete Frontier quando atingiu um veículo Fiat Uno onde estava mãe e filho, que ficaram feridos e foram socorridos para Santa Casa. O autor também fugiu do local do acidente naquela ocasião.

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