Atuação de máfia: Delegado explica detalhes da organização criminosa em júri da execução de Matheus
Carlos Delano detalhou esquema de ‘ninguém delata ninguém’, destruição de provas e divisão de tarefas
Thalya Godoy, Mirian Machado –
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O delegado Carlos Delano, da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), foi a terceira testemunha e, consequentemente, o terceiro delegado a falar sobre as investigações do assassinato de Matheus Coutinho em abril de 2019 que resultou na prisão e julgamento de Jamil Name Filho, Vladenilson Olmedo e Marcelo Rios pelo crime.
Em resposta à pergunta da promotoria sobre o que aponta que a morte de Matheus tenha sido por organização criminosa, o delegado detalhou que o nome da Operação Omertá significa o pacto de silêncio da Máfia Italiana, ou seja, ninguém delata ninguém, destruição de provas e quem comete erros é cobrado.
Segundo explicado pelo delegado, divisão de tarefas, poder grande, inserção em trânsito muito grande com autoridades, agentes públicos autuando para a organização criminosa, crimes de diversas naturezas que foram praticados.
Ao ser questionado pela acusação se, depois da prisão do grupo desse processo, Campo Grande voltou a ver execuções parecidas com fuzil e carros queimados, o delegado respondeu que não.
Delano ainda lembrou de uma antiga advogada de Vlad. Ela disse que o cliente contou antecipadamente que um cara muito conhecido em Campo Grande conhecido como Betão ia ser morto, este foi encontrado em lixão com o corpo queimado em Bela Vista.
Delano é titular da DHPP e fez parte da da Força-Tarefa da Omertà, durante as várias deflagrações de fases da operação.
Execução de Matheus
O crime aconteceu na Rua Antônio Vendas, no Jardim Bela Vista, no dia 9 de abril de 2019. O relato é de que o crime teria ocorrido mediante orientações repassadas por Vlad e Marcelo Rios, a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho.
Naquela noite, vários tiros de fuzil AK-47 foram feitos contra Matheus. No entanto, os criminosos acreditavam que dentro da caminhonete estava o pai do jovem, que seria o verdadeiro alvo dos acusados.
Também segundo as investigações, o grupo integrava organização criminosa, com tarefas divididas em núcleos. Então, para o MPMS, Jamil e Jamil Filho constituíam o núcleo de liderança, enquanto Vlad e Marcelo Rios eram homens de confiança, ‘gerentes’ do grupo.
Já Zezinho e Juanil seriam executores, responsáveis pela execução de pessoas a mando das lideranças. Assim, meses depois, os acusados acabaram detidos na Operação Omertà, realizada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) e pelo Gaeco.
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