Sucessione: Roubados por grupo rival no controle do jogo do bicho depõem no Gaeco

Sete mandados de prisão foram cumpridos durante a operação

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(Mirian Machado, Jornal Midiamax)

Os apontadores que foram roubados pelo grupo rival no controle do jogo do bicho, em Campo Grande, prestam depoimento, na manhã desta quarta-feira (13), no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) oito dias depois da deflagração da Operação Sucessione.

O advogado Amilton Ferreira, que está atuando na defesa de um dos apontadores roubados, disse ao Jornal Midiamax que os clientes estão como testemunhas depondo no Gaeco. Sete alvos da operação continuam presos. O deputado estadual Neno Razuk teve um mandado de busca e apreensão cumprido contra ele. 

No total foram expedidos 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Os mandados de prisão foram cumpridos em Campo Grande e Ponta Porã

Confira a lista 

  • Diego Souza Nunes – assessor parlamentar de Neno Razuk, que estava no QG do jogo do bicho
  • José Eduardo Abdulahad, conhecido como ‘Zeizo’ – empresário na fronteira e pai de Riadh Abdulahad, que está atuando na defesa de alguns dos presos na operação;
  • O sargento aposentado da PM- Manoel José Ribeiro, conhecido como ‘Manelão’ – assessor parlamentar de Neno Razuk;
  • O major aposentado da PM, Gilberto Luiz dos Santos – assessor parlamentar do deputado. ‘Barba’ como é conhecido o militar também estava no QG do jogo do bicho;
  • Júlio César Ferreira dos Santos – filho do major aposentado;
  • Mateus Júnior Aquino
  • Taygor Ivan Moretto Pelissani – também estava no QG do jogo do bicho, e foi preso trÊs dias depois com uma pistola em Ponta Porã;
  • Tiano Waldemor de Moraes – estaria envolvido nos roubos dos malotes do grupo rival;
  • Valmir Queiroz Martinelli – seria o responsável pela aquisição das máquinas do jogo do bicho que foram encontradas na casa, no Monte Castelo;
  • Luiz Paulo Bernardes Braga

Operação Sucessione

As investigações que deram origem a operação Sucessione contra o jogo do bicho, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na manhã desta terça-feira (5), em Campo Grande, descobriram que a organização criminosa estava inserida nos órgãos de segurança pública de Mato Grosso do Sul. 

Investigação confirmou denúncia de servidores que vincularam ‘guerra do jogo do bicho’ com contravenção na Sejusp, conforme antecipou o Midiamax em reportagem no mês de outubro.

A operação cumpriu 10 mandados de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Ponta Porã. O deputado Neno Razuk (PL) foi alvo da operação que cumpriu contra ela um mandado de busca e apreensão. Quatro assessores do deputado foram presos

O empresário José Eduardo Abdulahad foi alvo de mandado de prisão nesta terça-feira (5). Ele não foi encontrado até o momento e poderá ter o próprio filho como advogado de defesa. Rhiad Abdulahad já atua na defesa do deputado estadual e assessores parlamentares.

Segundo as investigações, a organização criminosa era responsável por diversos roubos praticados em plena luz do dia e na presença de outras pessoas, em Campo Grande, na disputa pelo monopólio do jogo do bicho local.

As investigações constataram, ainda, que a organização criminosa tem ‘grave penetração’ nos órgãos de segurança pública e conta com policiais para o desempenho de suas atividades, revelando-se, portanto, dotada de especial periculosidade.

O Jornal Midiamax entrou em contato com a Sejusp para posicionamento após as conclusões do Gaeco, mas não houve resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

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