Segurança é reforçada em julgamento de membros do PCC por execução de adolescente

Membros do PCC fizeram videoconferência para ‘julgamento’ de adolescente

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(Danielle Errobidarte, Midiamax)

A segurança policial foi reforçada na manhã desta quinta-feira (9) em Campo Grande, para o julgamento de membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), sobre a execução do adolescente Tiago da Silva de Jesus, de 17 anos, em março de 2019. 

Toda a segurança foi reforçada com policiais do Batalhão de Choque para o júri de Matheus Henrique de Oliveira Moraes, Matheus Pereira Fernandes, Weuler Gabriel da Silva de Almeida e Felipe Barão. A vítima teve a morte ordenada por presos em Campo Grande.

O julgamento acontece quatro anos após o crime. Na época, foi dito que Tiago era ligado ao CV (Comando Vermelho) e, sem saber, se envolveu com pessoas ligadas ao PCC. “Quando essas pessoas descobriram que ele era ligado ao Comando Vermelho, fizeram uma emboscada e o sequestraram”, contou o delegado Ricardo Meirelles, na época do assassinato.

Tiago foi mantido por 12 horas em cárcere privado no Jardim Botânico, onde foi realizado um ‘julgamento’ com os presos do PCC. “Após várias perguntas, eles pediram o Facebook e senha dele para confirmar a ligação e depois, de dentro do presídio, determinaram a execução”, afirmou Meirelles, na época. Tiago foi agredido no local e morto no trajeto. O corpo foi deixado em uma rua do bairro Aero Rancho.

Depois de ser assassinado, um dos presos teria ligado para a irmã de Tiago usando o celular da vítima para dizer sobre o assassinato. Ele ainda teria enviado o link de uma matéria de um jornal local para confirmar a morte de Tiago.

O corpo de Tiago foi encontrado com um corte profundo no pescoço, em uma calçada, do bairro Aero Rancho, no dia 8 de janeiro. Uma moradora da região chamou a polícia depois de desconfiar do homem, que aparentemente, dormia na calçada. Com a chegada da polícia foi percebido que ele estava morto e que havia sinais de violência no pescoço, o que poderia indicar uma possível luta entre o agressor e a vítima. Cordas foram encontradas aos pés da vítima, que tinha um cobertor que cobria o rosto e parte do corpo.

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