Reviravolta: falso sequestro em Campo Grande não teve prêmio da loteria, e sim golpe de quadrilha

Idosa perdeu R$ 50 mil no golpe, que mobilizou várias equipes policiais

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(Kísie Ainoã, Midiamax)

Uma reviravolta no caso de um falso sequestro de duas mulheres, em Campo Grande, que não envolveu prêmio de loteria, e sim um golpe aplicado por uma quadrilha especializada de fora do Estado. A vítima do golpe, uma idosa de 65 anos, perdeu R$ 50 mil.

Informações apuradas pelo Jornal Midiamax são de que a idosa foi abordada na tarde desta terça-feira (27) em frente à igreja Perpétuo Socorro, na Avenida Afonso Pena, por uma mulher que fingiu ser sua amiga.

Para se passar por alguém que conhecia a idosa, a golpista teria perguntado sobre o filho da mulher, uma forma de estreitar laços com a vítima.

Logo após a abordagem, a mulher que disse se chamar Maria, falou que havia ganhado um prêmio na loteria, mas que precisava de ajuda. A idosa foi levada a acreditar que se transferisse o valor de R$ 50 mil para a ‘amiga’, receberia o valor em dobro. 

A golpista, para convencer a idosa a fazer a transferência, disse que não sabia como fazer para receber o prêmio, e assim, as duas foram até uma agência da Caixa Econômica Federal, também na Avenida Afonso Pena, para fazer o resgate do falso prêmio, que seria de R$ 17 milhões. 

Em fevereiro deste ano, um campo-grandense realmente ganhou na loteria um prêmio de R$ 17 milhões. Os golpistas podem ter se utilizado dessa informação verídica para enganar a mulher.

Agora a polícia tenta rastrear a quadrilha. 

O falso sequestro

Segundo a idosa, a golpista chegou a mostrar o bilhete do prêmio e, após o pedido de ajuda, as duas mulheres foram a pé até a agência bancária, mas no trajeto acabaram pegando um motorista de aplicativo, na Avenida Ernesto Geisel.

Quando as mulheres estavam no carro, o motorista sacou uma arma e pegou a bolsa da idosa. Dentro da bolsa o motorista encontrou um extrato bancário e vendo o saldo, levou as mulheres até a Caixa Econômica Federal da Avenida Afonso Pena, onde mandou que ela fizesse a transferência para a conta de uma mulher. 

Em uma espécie de encenação, a amiga foi ameaçada de morte pelo golpista que se passou por motorista, caso a idosa não fizesse a transferência.

Com medo de que a mulher fosse assassinada, a vítima fez o que o bandido ordenou. Em seguida, ela foi liberada pelo golpista, que seguiu com a outra golpista. Os autores estavam em um carro, de cor branca, de quatro portas.

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