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Polícia

Polícia Federal investiga ligação entre Hezbollah e PCC nas fronteiras de Mato Grosso do Sul

Prisão de Galã do PCC revelou ligações entre grupo terrorista e facção
Aline Machado -
Armas e granadas apreendidas eram usadas pelo PCC em Ponta Porã (Foto: Arquivo Midiamax)

A no investiga uma possível ligação entre o Hezbollah e integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). Com isso, Mato Grosso do Sul também está no radar das investigações. Elton Leonel Rumich da Silva – conhecido como o ‘Galã do PCC’ e considerado um dos suspeitos pela morte do narcotraficante Jorge Rafaat, em junho de 2016 – foi preso na capital carioca, em 2018, com documentos que indicavam a ligação entre a facção e o grupo terrorista libanês.

Além de ser um dos principais nomes apontados na morte de Rafaat, o Tribunal de Justiça do Rio afirma que Elton é considerado um dos maiores traficantes de drogas e armas da América do Sul e o maior fornecedor de drogas do Paraguai para o .

De acordo com o site Correio Braziliense, a prisão de Elton no Rio teria revelado ainda a ligação entre ele e o Hezbollah. As investigações indicam que o PCC e o Hezbollah atuam juntos para fortalecer o domínio do tráfico de drogas na tríplice fronteira: Argentina, Brasil e Paraguai.

A parceria entre o grupo terrorista e o PCC se deve aos interesses comuns. Com apoio do Hezbollah, o PCC expande o domínio da facção por meio do controle do tráfico de drogas, que é uma das principais atividades que financiam o grupo terrorista.

Quem é o ‘Galã do PCC’

Elton é considerado um dos principais nomes do PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira, líder do tráfico na região. Quando condenado em agosto de 2019 a 19 anos de prisão, ‘Galã do PCC’ foi denunciado pela abertura de uma empresa de fachada com sede em Ponta Porã, com objetivo de lavar . Com a Construtora JB Progresso, cinco denunciados, sob o comando de Galã, adquiriam imóveis e veículos a fim de ocultar e dissimular a procedência ilícita e a real propriedade dos bens.

As investigações na época comprovaram compra, venda e simulações de transferências de imóveis localizados em Ponta Porã, Diadema (SP), Santos (SP) e Presidente Prudente (SP) em nome de laranjas ou da empresa de fachada. As transações totalizaram 43 atos de lavagem de dinheiro entre 2013 e 2019.

‘Galã’ também é acusado de ter participado da morte do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani. Segundo informações, com a morte de Rafaat, o objetivo era assumir os negócios com o fornecimento de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai.

Em 2020, uma nova guerra pelo controle do tráfico de drogas foi marcada por uma série de assassinatos na fronteira entre Ponta Porã, cidade localizada no sul de Mato Grosso do Sul e Pedro Juan Caballero no Paraguai.

Atuação do Hezbollah no Brasil preocupa Estados Unidos

Recentemente, no dia 11 de outubro – poucos dias depois do grupo terrorista Hamas atacar – a general norte-americana, Laura Richardson, afirmou que o Hezbollah representa uma ameaça à segurança da América Latina.

Durante a entrevista, concedida à Fundação da Defesa da Democracia – criada após o ataque de 11 de setembro em 2001, nos Estados Unidos -, a general norte-americana citou duas vezes o Brasil ao se referir sobre “intenções malignas” do Hezbollah, que apoia o Hamas na guerra contra Israel e atua na tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai.

Laura também mencionou os navios iranianos que atracaram no Rio de Janeiro, mesmo depois de os Estados Unidos pedirem para que o governo brasileiro não liberasse.

“Nós tivemos os navios de guerra iranianos fazendo uma turnê global, eles vieram pelo Pacífico para o hemisfério Sul e tentaram fazer escalas em várias cidades. Elas foram negadas e a fragata acabou fazendo uma escala no Rio”, ressaltou.

Operação Trapiche

Na quarta-feira (8), a Polícia Federal do Rio de Janeiro deflagrou a operação Trapiche com o objetivo de interromper atos preparatórios de terrorismo que seriam realizados a mando do Hezbollah, e obter provas sobre um possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país.

Durante a operação foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.

Segundo a Polícia Federal, os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo.

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