Com forte esquema de segurança a Polícia Civil Mato Grosso do Sul destruiu na manhã desta quarta-feira (12)a carga milionária de cocaína apreendida na semana pelo SIG (Setor de Investigações Gerais). O entorpecente foi incinerado em uma área do distrito industrial de Dourados.

A carga de cocaína estava avaliada em R$ 27 milhões e seria exportada para o mercado europeu. Os tabletes estavam embrulhados com papel e selo de imitação da marca ‘Versace’.

Além da droga, os policiais conseguiram prender um homem de 33 anos, que assumiu ser o dono dos 230 quilos e 700 gramas.

Parte do entorpecente estava em um semirreboque (carretinha) e outra dentro de uma residência no bairro Jardim Flórida. O local já era monitorado pela polícia.

Dourados é a maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul, a 233 quilômetros de Campo Grande. Além disso, está a apenas 120 quilômetros de Ponta Porã, na fronteira do Brasil com o Paraguai.

Assim, a polícia douradense atua no meio de um dos principais corredores de escoamento do narcotráfico para o país e para consumo interno de Mato Grosso do Sul.

“Ao ser abordado pela polícia o traficante imediatamente destruiu aparelho de telefone celular para apagar provas e já desceu com a mão na cabeça ressaltando que a mercadoria era dele e a partir disso, resolveu ficar em silêncio”, explicou Erasmo Cubas ao detalhar o caso.

Alto índice de pureza

Ainda segundo o delegado, o que chamou a atenção é o alto índice de ‘pureza’ do entorpecente.

“É uma droga para exportação, que seria encaminhada daqui para algum porto do país e deveria seguir destino para Europa, África, ou até Estados Unidos. Na contabilização, a droga deve custar R$ 120 mil o quilo, totalizando aproximadamente R$ 27 milhões”, explica Cubas.

A polícia acredita que outras pessoas podem estar envolvidas na prática desse crime de tráfico, diante da qualidade do entorpecente e também do volume apreendido. “É uma droga que a gente percebe que não parece ser de consórcio. É obvio que essa quantidade não estaria com uma única pessoa”, detalha o delegado.

‘Versace’ made in Concepción

Ainda conforme o delegado, os tabletes de cocaína continham a inscrição “Versace”, marca de luxo mundial.

Os pacotes com a imitação da marca Versace estavam em caixas de papelão fabricadas em Concepción, no Paraguai e usadas originalmente para embalar carne. Assim, a carga foi embalada e partiu de lá, segundo os indícios.

A Versace é uma marca italiana de moda de luxo criada em 1978 pelo estilista Gianni Versace. No entanto, a irmã do fundador, Donatella Versace, assumiu como diretora artística da marca após o assassinato de Gianni, em 1997.