PMs de folga teriam atirado ao reagirem a ameaças de grupo após confusão em boate na Afonso Pena

Segundo delegado, arma e droga foram encontrados no veículo e um casal ferido no tiroteio

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tiroteio
Veículo foi atingido com disparos (Henrique Arakaki, Midiamax)

Dois policiais de folga teriam atirado contra grupo em um Ecosport na madrugada deste domingo (5), após ameaçar seguranças de uma boate na Avenida Afonso Pena. Uma arma e droga teriam sido encontrados no veículo, que perdeu o controle e bateu em um poste da travessa Dona Sabina.

Segundo o delegado plantonista da Cepol, Felipe Madeira, o grupo, com três mulheres e dois homens, foi retirado da boate após uma confusão. Em seguida, os suspeitos teriam ameaçado dois seguranças, que pediram apoio de dois policiais militares de folga que também estavam na casa noturna.

Em seguida, os PMs teriam escutado tiros na avenida e perceberam o grupo na lateral da boate, ameaçando os funcionários. Neste momento, os policiais teriam reagido aos disparos.

Cerca de 11 cápsulas deflagradas estavam no chão, quatro teriam atingido o veículo. Ainda conforme o delegado, os tiros teriam atingido as costas de um homem e uma mulher ocupantes do carro. A Perícia encontrou um revólver sem registro, com 14 munições; a arma teria capacidade para 30 tiros. Duas cápsulas deflagradas foram localizadas no interior do Ecoesport, além de uma porção de maconha.

As vítimas teriam sido socorridas e levadas para o hospital, o estado de saúde não seria grave. Uma das ocupantes do carro estava no local durante a perícia e, de acordo com Madeira, o veículo pertence a um tio da envolvida. Não ficou esclarecido de quem seria a arma.

(Henrique Arakaki, Midiamax)

A investigação irá identificar se houve disparos dos ocupantes do carro, pois ainda não se sabe se a arma estava carregada apenas com 14 munições ou teria sido disparada no local. O veículo foi levado para o pátio da 2ª Delegacia de Polícia, enquanto a arma e a droga para a 1ª DP.

O delegado informou que, por hora, fica configurado o registro de legítima defesa “diante da eminente ameaça”. A responsável pelo veículo teria se assegurado do direito de permanecer em silêncio durante o trabalho da perícia.

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