Operação contra esquema que frauda empréstimos a idosos prendeu 39 pessoas
Entre presos estão vereadores, servidores públicos, empresários e advogados
Mirian Machado –
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A Operação Arnaque, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) na manhã desta quarta-feira (5), em Mato Grosso do Sul, atua em 10 estados brasileiros e prendeu 39 pessoas. Entre os presos, estão advogados tanto de MS como de outros Estados, empresários, sócios de advogados e servidores públicos, como a presidente da Câmara de Paranhos, Elizabeth Brites Benites (PSDB).
Elizabeth foi levada para cadeia pública de Paranhos, então a audiência foi feita por videoconferência pela Vara de Sete Quedas. Assim, o juiz de direito Guilherme de Almada pediu prisão definitiva. “Inclusive para que promova o recambiamento da custodiada”, decidiu.
A organização já teria movimentado cerca de R$ 190 milhões em cinco anos. Um advogado, alvo da operação, é morador de Iguatemi e teve mandados cumpridos na sua casa nesta manhã. Ele tem atuação, segundo dados do CNA (Cadastro Nacional de Advogados), em Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Foram cumpridos mandados em Naviraí, Paranhos, Tacuru, Sete Quedas, Eldorado, Anaurilândia e Chapadão do Sul. Além dos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná e Piauí, sendo todos expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Competência Residual da comarca de Campo Grande.
Os mandados de prisão foram cumpridos pelos crimes de integrar organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e uso de documento falso.
Advogados fraudavam empréstimos
Foram identificadas pelo Gaeco duas organizações criminosas lideradas por advogados responsáveis por mais de 70 mil ações judiciais em todas as regiões do país, muitas delas consideradas temerárias pelo Poder Judiciário.
As organizações criminosas agiam obtendo procurações de idosos, deficientes e indígenas para, ao final, ajuizarem múltiplas demandas em nome deles contra instituições financeiras, terminando cerca de 10% dos casos com procedência; quando não são feitos acordos em massa com instituições financeiras.
As investigações revelaram que os crimes, apesar de explorarem pessoas em grave situação de pobreza e vulnerabilidade social, permitiram que líderes das organizações criminosas movimentassem cerca de R$ 190 milhões em menos de cinco anos de atividade.
O cumprimento da ordem judicial, no caso da Paraíba, foi acompanhado por representantes da Comissão de Prerrogativas da OAB.
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