O motociclista flagrado por câmeras de segurança dando um tapa nas nádegas de uma jovem, de 19 anos, em abril deste ano, foi identificado e ouvido na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Ele confessou o crime.

Conforme relatado pela delegada da Deam e responsável pelo Setor de Investigação de Crimes Sexuais, Analu Lacerda Ferraz, o autor confessou que deu o tapa nas nádegas da jovem, mas por acreditar que ela seria uma conhecida. “O que não justifica passar a mão na bunda de alguém no meio da rua”, afirma a delegada.

Conforme Analu, o homem foi identificado com a ajuda das imagens de câmeras de segurança. “Começamos a investigar e conseguimos identificar ele no próprio bairro com as característica das roupas e da motocicleta”, explicou.

O homem disse ainda que por estar sofrendo ameaças se mudou de cidade.

Ele foi indiciado por importunação sexual, cuja pena máxima é de 5 anos.

Crime

A jovem, que andava por uma rua do Bairro Aero Rancho, foi surpreendida por um motociclista após ele dar um tapa em suas nádegas, na manhã do dia 24 de abril. A vítima conseguiu identificar o motociclista e chegou a falar com ele.

Segundo relato da jovem ao Jornal Midiamax, ela caminhava em direção ao mercado, que fica na esquina do local onde tudo ocorreu, caminho que percorre todos os dias. “Eu estava saindo de casa para comprar salsicha para o almoço, ainda ia fazer uma entrevista de emprego meio-dia”, relatou.

A jovem afirmou que nem chegou a ouvir o barulho da motocicleta se aproximando. Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que o motociclista deu o tapa na vítima.

“Eu não tive reação, olhei para trás para ver se tinha algum vizinho na rua, cheguei no mercado chorando, voltei para casa e contei para minha mãe”, relata. A jovem ainda explica que contou o que aconteceu a alguns amigos, que reconheceram que o motociclista era do mesmo bairro.

“Falei para uns amigos e consegui o nome dele, foto e mandei mensagem. Ele tentou justificar dizendo que ‘tinha acontecido um negócio com ele’, como se fosse normal”, disse a jovem.

Ela procurou a Polícia Militar e foi orientada a registrar boletim de ocorrência. A jovem também ligou no Disque 180, denunciando a importunação sexual, e enviou o vídeo das câmeras para apuração na Polícia Civil.