Morreu na manhã desta quinta-feira (2), a mulher transexual identificada como Carla Marques Ramirez, de 50 anos, conhecida como “Carla Pedreira”. Ela foi atingida com um tiro na cabeça, na noite do último domingo (29), na frente da casa onde morava, em Rio Brilhante, a cerca de 160 quilômetros de Campo Grande.

A vítima estava internada no da Vida em , a 225 quilômetros da Capital. A informação sobre a morte foi confirmada nesta manhã. De acordo com o site local, em Tempo Real, a família de Carla doou os órgãos dela.

Um homem, de 43 anos, suspeito de ter cometido o crime, foi preso na terça-feira (31), na BR-163, por policiais da PRF (Polícia Rodoviária Federal) depois de um alerta emitido por equipe da Polícia Civil de Rio Brilhante.

O homem foi levado para a Delegacia de Polícia Civil da cidade onde ocorreu o crime. Ele foi interrogado e permanece preso. Até o momento, não há informações sobre o que motivou o assassinato. A arma, calibre 22, utilizada para matar Carla, é de fabricação artesanal. No local onde ela foi morta, a polícia recolheu uma munição deflagrada do mesmo calibre da arma apreendida.

Criança teria apontado o pai como autor

A foi acionada para atender a uma ocorrência de trânsito, pois um veículo branco com adesivo de empresa estaria transitando em alta velocidade na região, veículo com as características do carro de Carla.

No local, a equipe da PM percebeu vulto em direção à mata e um corpo caído com uma lesão grave na cabeça, sendo acionado o Corpo de Bombeiros. Uma testemunha que mora em frente ao local foi ouvida.

A mulher disse que estava com os filhos e, em seguida, a criança dormiu e ela a colocou dentro do seu veículo, que também estava na frente da residência. Ela então entrou para pegar cigarro, momento em que ouviu barulho de tiro, correu para fora da residência e percebeu sua vizinha Carla caída no chão.

Entretanto, na ocorrência registrada na delegacia, a criança disse “o papai deu um tiro na cabeça da Carlinha”. Ainda segundo relato da menina, “o papai guarda arma do colchão e às vezes no guarda-roupa”.

Questionada, sobre o paradeiro do marido, a mulher disse que ele estava trabalhando em uma fazenda.