Justiça nega pedido de réus e mantém júri de Name Filho e outros três pela morte de ‘Playboy’ da mansão

Réus entraram com recurso para tentar derrubar julgamento, que ainda não tem data definida

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Marcel bebia com amigos quando foi executado
Marcel bebia com amigos quando foi executado

A Justiça negou nesta terça-feira (25) pedido de réus da Omertà e manteve júri para os acusados pelo assassinato de Marcel Costa Hernandes Colombo, conhecido como ‘Playboy da Mansão’, que são: Jamil Name Filho, Marcelo Rios, Everaldo Monteiro e Rafael Antunes Vieira – sendo que o último responderá por posse de arma de fogo -.

O crime ocorreu no dia 18 de outubro de 2018 em uma cachaçaria, na Avenida Fernando Corrêa da Costa em Campo Grande.

A decisão acontece uma semana após Jamil Name Filho e Marcelo Rios serem condenados a 23 anos pelo assassinato de Matheus Coutinho. Agora, devem passar pelo segundo júri.

Assim, os quatro foram pronunciados em março de 2022, conforme sentença do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Foi realizado nesta terça-feira o julgamento desse recurso das defesas dos réus que após julgado por “unanimidade, rejeitaram as preliminares e, no mérito, negaram provimento aos recursos“.

Defesa queria derrubar provas

O pedido de impronúncia foi feito pela defesa no dia 28 de junho, quando foi alegado que as provas obtidas teriam sido por meios ilícitos. “As provas foram obtidas a partir de material oriundo da nuvem junto a servidores internacionais sem qualquer configuração de segurança (hash), é passado diretamente para a análise de servidores do GAECO, sendo imprestável como prova”, alega a defesa.

Com isso, a defesa pediu pela nulidade de sentença de pronúncia e pela impronúncia dos acusados pelo assassinato. 

A defesa de Everaldo chegou a pedir também a suspensão do julgamento de hoje por conta de mensagens ‘soltas’ encontradas no celular do réu, sem identificação de solicitante e de destinatário, podendo contribuir para o assassinato da vítima, este fato, segundo a defesa é prejudicial. Conforme relatado o que sustenta a acusação de participação no assassinato está exclusivamente em um pen drive rosa apreendido pelo Garras. “Everaldo foi posto no cenário das investigações da Operação Omertà, o que motivou a realização de busca e apreensão em sua residência, em 27/09/2019, com sua prisão e a apreensão do que se julgou relevante, incluindo-se o seu celular. Em 2022 a justiça considerou ilícitas as provas correspondentes ao conteúdo do pen drive rosa e as dele derivadas, não mais restando nenhuma outra”, diz nos autos.

Na manhã de segunda-feira (24) a defesa de Marcelo Rios também tentou nulidade “causada por arbitrária negativa de acesso a dados telemáticos supostamente obtidos do recorrente e que foram utilizados pela acusação para lhe acusar e pelo Juízo primevo para lhe pronunciar“.

Assassinato ‘Playboy da Mansão’

A denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) relata como foi planejado e executado o crime. Naquela ocasião, Marcel estava em uma cachaçaria, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, quando foi atingido pelos disparos.

Ainda segundo o MPMS, o crime foi executado por Juanil, com auxílio de Marcelo Rios, José Moreira e Everaldo Martins. Isso tudo a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho. Além disso, em um erro na execução do crime, um outro homem que estava no local também foi atingido por um disparo.

Por fim, foi apurado que Rafael Antunes foi o responsável por ocultar a arma do crime, com participação indireta. Também foi relembrado na denúncia que a motivação do crime foi por um desentendimento entre Marcel e Jamil Name Filho em uma boate de Campo Grande. Naquele dia, Marcel teria agredido Name com um soco no nariz.

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