Justiça manda soltar ‘Jamaica’, preso pelo assassinato de garagista em Campo Grande

‘Alma’ desapareceu no dia 30 de novembro por volta das 10h20 em um estabelecimento na Avenida Gunter Hans em Campo Grande

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Garagista "Alma" foi visto pela última vez em novembro de 2021 (Reprodução, Redes Sociais)

A Justiça de Mato Grosso do Sul mandou soltar Kelisson Kauan da Silva, vulgo “Jamaica”, envolvido no assassinato do garagista Carlos Reis Medeiros de Jesus, o “Alma”. O alvará de soltura foi emitido na sexta-feira (23) e enviado à Goiás, onde ele está preso.

Kelisson cumpria pena na Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia, em Goiás, desde 27 de fevereiro, quando foi transferido da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, onde esteve de 15 a 26 de fevereiro deste ano. Consta no alvará as medidas cautelares para a liberdade como o comparecimento mensal em juízo, se recolher durante a noite e aos finais de semana das 20h às 6h e fica proibido de sair de Campo Grande.

A medida foi tomada por não haver provas de que Kelisson trará riscos à ordem pública ou que empreenderá fuga. Além disso, colaborou no processo, pois confessou o crime, apontou autoria dos demais acusados e detalhou como ocorreu. Relatou ainda estar sendo ameaçado.

Já sobre o outro acusado, Victor Hugo de Almeida, vulgo “Primo”, o juiz indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva, feita pela defesa durante audiência de instrução realizada no dia 1º de junho, pois o mesmo registra outras incidências criminais, inclusive por homicídio e tráfico de drogas.

Assassinato

Conforme a denúncia, Vitor vulgo “Primo” e Thiago vulgo “Especialista”, armados com uma arma de fogo e uma faca mataram Alma, que desapareceu no dia 30 de novembro por volta das 10h20, em um estabelecimento na Avenida Gunter Hans, em Campo Grande.

Alma realizava “negócios” com os acusados emprestando dinheiro a eles e mantinha boa relação com ambos. A vítima foi atraída para o local, de propriedade de Thiago, achando que receberia o pagamento de um empréstimo que o acusado havia contraído.

Após a saída de funcionários, restante somente os três réus e ‘Alma’, Thiago simulando que saldaria a dívida tirou um montante de dinheiro do bolso e começou a contar na frente da vítima, que estava sentada em uma cadeira observando a contagem.

Neste momento, Vitor se aproximou da vítima pelas costas e o golpeou no pescoço. Por sua vez, Thiago, que também estava armado efetuou disparos contra ‘Alma’.

Foi investigado ainda que ‘Alma’ era “sócio” do pai de Thiago em negócios envolvendo agiotagem. ‘Alma’ teria emprestado grande montante de dinheiro a diversas pessoas. Porém, o pai de Thiago faleceu em 2020 e, por esse motivo, Thiago queria receber o dinheiro emprestado pelo pai e ‘Alma’, por “direito”.

Como um dos credores não havia feito o pagamento, Thiago começou a arquitetar a morte dele, juntamente com ‘Alma’ e Vitor, mas em certo momento ‘Alma’ acabou desistindo de matá-lo.

Thiago se revoltou, pois não receberia o dinheiro, aliado à dívida que tinha com alma, incluído com bens penhorados, arquitetou a morte do garagista, juntamente de Vitor, que também devia para a vítima.

Após o assassinato, o trio colocou o corpo de Carlos no porta-malas do carro, um Chevrolet Corsa Sedan até local desconhecido e fizeram a limpeza do local.

Thiago se apossou de uma caminhonete da vítima, uma Ford F-250 que havia sido deixada por ‘Alma’ no comércio de Thiago para realização de serviços de funilaria.

Até o momento, o corpo da vítima não foi localizado.

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