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Polícia

Juiz nega prisão preventiva e suspende uso de arma para PMs acusados de agredir jornalista

Militares devem apenas realizar serviços administrativos e manter distância mínima da vítima
Danielle Errobidarte -
Foto: Reprodução

Decisão do juiz da Auditoria Militar Estadual de da última quarta-feira (14) determinou que os policiais militares acusados de agressão contra um jornalista de Nova Andradina, cidade a 298 quilômetros da Capital, devem fazer apenas serviços administrativos que não exijam uso de armas. Além disso, foi negado o pedido de prisão preventiva deles, já que o magistrado considerou que eles “não evidenciaram risco à ordem pública”.

A decisão é pela aplicação de medidas cautelares, que também incluem a proibição de contato com a vítima, seus familiares e testemunhas, na distância mínima de 500 metros, além de os policiais não poderem sair de Campo Grande sem autorização judicial.  

O juiz ainda considerou que não existem elementos que indiquem que os PMs possam atrapalhar o andamento do processo, ou que não cumprirão com as obrigações da aplicação da lei penal, e inclusive já foram transferidos da unidade de – onde o caso ocorreu – para Campo Grande. “Não emergiram dos autos elementos palpáveis acerca de periculosidade dos representados, ou que a liberdade deles implicará em risco a ordem pública”, diz a decisão.

Perseguição e agressão

Conforme consta no boletim de ocorrência, registrado pela vítima, os agressores seriam policiais militares. Ainda segundo o registro policial, o jornalista informou que estava dirigindo para retornar para sua casa, quando dois veículos descaracterizados – um Renault Sandero e uma caminhonete L-200 – com dois homens em cada um, teriam começado a persegui-lo.

Segundo ele, em nenhum momento os ocupantes dos carros se identificaram como policiais militares ou tinham qualquer identificação visual, além de não estarem fardados. O jornalista afirmou que, só depois, tomou conhecimento de que seriam policiais militares lotados na cidade de Nova Andradina. À polícia na delegacia, ele disse ter sofrido abuso de autoridade, já que não havia mandado de prisão contra ele.

O jornalista afirmou ter sido agarrado, agredido e impedido pelos quatro supostos policiais a entrar em sua casa. Ele afirmou que, temendo por sua vida, seguia até a frente de sua residência, onde possui câmeras de segurança. No vídeo é possível ver o momento em que os homens vistoriam o carro da vítima. Ele disse ter sido jogado no chão e imobilizado com um golpe de mata leão.

A vítima ainda relatou que os supostos PMs estariam de serviço no momento da abordagem, com exceção de um. Segundo ele, os supostos militares teriam dito que acharam que era ele quem estaria soltando fogos e afixando faixas para comemorar a transferência do comandante da cidade, o que foi negado.

O jornalista ainda afirmou que acredita que houve crime de tortura contra ele para que dissesse que era o responsável pelas faixas e fogos. O caso foi registrado como “constranger o preso mediante violência a produzir prova contra si mesmo” e “submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei”.

Transferência dos 4 PMs

Os quatro policiais militares envolvidos nas agressões foram transferidos e irão trabalhar em outra cidade, que ficará a critério do comandante da unidade decidir, se ficarão em serviços internos ou nas ruas. Um PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar) será instaurado para apurar os fatos. O PAD deve durar 30 dias tendo a possibilidade de ser prorrogado por mais 30 dias.

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