A Operação Sanctus, deflagrada na última sexta-feira (8) pela PF (Polícia Federal) que tem como alvo dois irmãos que lavam dinheiro do tráfico com investimentos em imóveis e restaurante de luxo em Dourados, foi motivada a partir de ameaças a um agente da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Um restaurante de luxo em Dourados, foi alvo da PF. Informações apuradas pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax revelam que a ação está relacionada a apreensões de drogas. O objetivo era cumprir quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva.

A investigação mira em uma organização criminosa responsável por enviar grandes quantidades de drogas para cidades da região Sudeste do País. O ‘negócio extremamente lucrativo’ é liderado pelos irmãos, que são ligados são ligados ao criminoso ‘Samura’, um dos líderes do CV (Comando Vermelho) na região de fronteira.

Tanto o faccionado do CV quanto os ‘empresários’ são de Capitán Bado, na fronteira com Coronel Sapucaia e já estavam monitorados pela PRF, que realizou apreensões de cargas de cocaína ligadas à organização em Dourados e região.

A primeira apreensão de maconha, associada a um dos irmãos, foi interceptada pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-163, em Eldorado, em maio de 2005. O motorista que levava a droga denunciou que trabalhava para o empresário, conforme autos processuais da época.

Em decorrência das investigações feitas pela Polícia Federal e dos prejuízos causados ao grupo criminoso, um agente da PRF passou a ser alvo da organização. Dados levantados pela operação mostram que dois pistoleiros foram contratados para matar o policial. O plano só não foi concluído porque a PF descobriu a intenção dos ‘empresários’.

As ameaças foram testemunhadas por familiares do agente chegaram a ver o momento em que um dos empresários passou em frente à casa do PRF em uma Amarok preta com celular direcionado para a residência, fazendo imagens para passar aos pistoleiros. O material consta em relatórios que desencadearam a operação.