Homem tenta comprar carro por ‘R$ 4 mil’, mas é vítima de golpe do falso anúncio

O veículo era real e estava sendo negociado, mas o comprador depositou o dinheiro para golpistas

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Nesse sábado (14), um homem de 49 anos foi vítima de crime de estelionato, ao tentar comprar um carro, em Bataguassu, a 300 km de Campo Grande. O futuro comprador viu o anúncio de um Corsa Classic, que estaria sendo vendido no Facebook por ‘R$ 4 mil’, valor bem baixo do mercado e foi justamente essa a artimanha usada pelo golpista.

Em depoimento, o homem disse que entrou em contato com o ‘vendedor’, o qual alegou ser intermediário na venda do automóvel. Mais tarde, ele foi até um endereço onde o carro estaria sendo guardado por ‘terceiros’.

As informações do Cenário MS são de que, no imóvel indicado, a vítima verificou que o veículo era real e então efetuou a transferência. Após o pagamento, o homem tentou retirar o veículo, mas a ‘verdadeira proprietária’ disse que não havia recebido nenhum valor e ainda falou que o preço do carro era bem acima dos ‘R$ 4 mil’ anunciados pelos estelionatários. 

Na sequência, a vítima não conseguiu mais contato com os criminosos, foi quando percebeu que havia caído em um golpe. O homem e a dona do carro foram até a Delegacia de Polícia Civil de Bataguassu, onde o caso está sendo investigado.

Como funciona o golpe

Uma pessoa anuncia um carro real na internet, com valor que segue média da tabela FIPE. Um golpista entra em contato com o vendedor do automóvel e, geralmente, pede para que o vendedor retire o anúncio do ar, já que o negócio estaria praticamente fechado.

A reportagem do Cenário MS lembra ainda que as fotos neste momento já estão em posse do criminoso, que faz outro anúncio, mas com valor bem abaixo do preço de mercado. Ele passa a divulgar nas redes sociais e em outros sites fingindo ser dono do carro. Devido ao valor baixo, há muitos futuros compradores.

Quando surge um interessado, o golpista entra em contato com o real proprietário falando que outra pessoa deve ir no local ver as condições do veículo. O golpista convence o proprietário a não falar sobre preço, já que é uma ‘terceira pessoa’.

O comprador avalia o carro e fica muito interessado e entra em contato com o criminoso. A vítima então faz transferência do valor para uma conta, que não tem nada a ver com o dono do carro e, quando percebe o golpe, já é tarde demais. Somente depois, comprador e vendedor sabem que foram vítimas de criminosos. Mas o prejuízo, claro, fica para o comprador, que depositou o valor para os estelionatários.

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